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PIB global pode cair 2% até 2050 com transição energética

Em: 21/01/2022 às 10:39h por Canal Energia

Relatório da Wood Mackenzie aponta que recuperação ocorreria na segunda metade do século, países com base renovável estariam em vantagem

 



Uma pesquisa da Wood Mackenzie aponta que o mundo possui as ferramentas para limitar o aquecimento global ao nível de 1,5°C fechado no Acordo de Paris. Contudo, nesse processo há implicações econômicas até 2050 com queda de 2% na previsão de Produto Interno Bruto global para esse período, mas afirma que poderá recuperar-se até o final do século.

O relatório No Pain, No Gain: The economic consequences of accelerating the energy transition, aponta que algumas economias sentirão os efeitos mais do que outras. Aquelas menos desenvolvidas e de baixa renda terão um peso “desproporcionalmente alto durante a transição”, destaca a consultoria.

Por outro lado, as economias que já estão mais próximas das metas de neutralidade terão um impacto econômico menor no período analisado. Nações que apresentam forte propensão a investir em novas tecnologias podem até se beneficiar até 2050. Essa é uma das conclusões da Wood Mac.

Em um caso-base a economia global deve dobrar de tamanho em termos reais, passando de US$ 85,6 trilhões para US$ 169 trilhões até 2050. Com o cenário para evitar o aumento da temperatura média, o PIB global anual atinge US$ 165 trilhões em 2050. A perda acumulada será de US$ 75 trilhões entre 2022 e 2050, equivalente a 2,1% da produção econômica total no período.

Apesar dessa previsão, a consultoria aponta que em 2035 é alcançado um ponto de virada com o PIB global superando o cenário base. Esse seria o ponto de início da convergência.

Sobre os mais impactados com a transição energética a Wood Mac aponta que as economias com alta penetração de energia renovável na geração de energia e redes elétricas avançadas estão bem posicionadas para um futuro de baixo carbono. No sentido oposto, alerta que as economias exportadoras de hidrocarbonetos e intensivas em carbono sofrerão as maiores perdas de produção econômica.