Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Governo quer usar o ano todo termelétrica

Governo quer usar o ano todo termelétrica

Em: 11/04/2017 às 13:48h por

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Com o objetivo de reduzir os custos de geração de energia elétrica e aproveitar o aumento da produção de gás, o governo começa a estudar a possibilidade de construir termelétricas a gás natural que seriam usadas em operação contínua, como ocorre hoje com as hidrelétricas, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, após participar de seminário sobre concessões na Fundação Getulio Vargas (FGV). No modelo atual, as usinas termelétricas operam apenas quando é necessário preservar o nível dos reservatórios, e, por isso, sua energia tem custo mais alto.

— Estamos pensando, pois uma térmica inflexível, que roda na base o tempo todo, tem um custo de operação muito menor — destacou o ministro.

CAMPANHA DE CONSUMO RACIONAL
Conforme revelou reportagem do GLOBO no domingo, nos últimos dois anos, a sobretaxa na conta de luz, com o uso de bandeiras tarifárias, somou R$ 18 bilhões, quase o mesmo montante aplicado na construção da usina de Jirau, uma das maiores hidrelétricas do país. Diante do quadro de falta de chuvas, o governo estuda medidas para incentivar o consumo racional de energia, informação confirmada ontem pelo ministro:

— A ideia é a gente iniciar campanha de conscientização para diminuir o impacto que as bandeiras tarifárias têm para o consumidor. E, independentemente disso, acho que tem de ser constante o uso racional da energia.

MENOS GÁS DA BOLÍVIA
Segundo o ministro, o aumento significativo da produção de gás natural nos campos do présal permitirá que o país se torne autossuficiente e até exportador do produto a partir de 2021. Com a perspectiva de aumento da produção, o Brasil deve também reduzir as importações de gás da Bolívia. O contrato com o país vizinho vence em 2019 e prevê a importação de 30 milhões de metros cúbicos por dia.

— A gente está começando o processo de renegociação com a Bolívia. Possivelmente, deverá ser um volume menor do que a gente importa hoje porque vamos ter, a partir de 2021, 2022 e 2023, a entrada de muito gás. Só o Campo de Pão de Açúcar, no pré-sal, terá uma produção diária de 15 milhões de metros cúbicos por dia, metade do que importamos da Bolívia. A gente caminha para, nesse horizonte de 2021, 2022 e 2023, ser autossuficiente.

Fonte: O Globo