Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Distribuidoras seguem à espera de solução de longo prazo para sobrecontratação

Distribuidoras seguem à espera de solução de longo prazo para sobrecon

Em: 18/04/2017 às 14:23h por

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As distribuidoras seguem buscando uma solução de longo prazo para a sobrecontratação, já que o problema não está restrito ao que foi apurado em 2016 e se espera que continue em 2017, podendo se estender até 2020. "Nós mantemos um posição de querer transferir esse risco, independentemente se está sendo vantajoso ou não para as distribuidoras", diz o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite.

As distribuidoras defendem junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que seja considerada como involuntária a sobrecontratação oriunda da migração de consumidores para o mercado livre e da realização do leilão A-1 de 2015. O assunto chegou a ser colocado na pauta da diretoria da agência por duas vezes, mas foi retirado antes da votação. A expectativa é que uma decisão possa ser tomada em breve. "O pedido continua, não esmorecemos porque achamos que o justo é que a distribuidora não fique com esse risco", afirma Leite.

O diretor de regulação da EDP Brasil, Donato Filho, defende que o risco relacionado à sobrecontratação é prejudicial do ponto de vista do negócio de distribuição. Ele lembra que a empresa precisa estar com um nível de contratação entre 100% e 105% de sua demanda para não sofrer penalidade administrativa nem arcar com perdas decorrentes da exposição, mas não tem qualquer benefício adicional por ser eficiente na administração da compra de energia.

"Se tiver tudo certo e a empresa ficar entre 100% e 105% (da demanda), não ganha nada, fica no zero a zero, mas se seu planejamento der errado e ficar sub ou sobrecontratada, pode ser penalizada", explica. Para ele, o risco é ruim porque a distribuidora não tem ferramentas suficientes para gerir seus contratos e acaba sujeita à volatilidade do preço spot.

Fonte: Estadão