Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A diminuição da capacidade de reservatórios de hidrelétricas preocupa diante da perspectiva de retomada da economia. Especialistas descartam risco de desabastecimento de energia no curto prazo, porém, a alta da demanda pode causar aumento da tarifa.
Os recentes investimentos em usinas hidrelétricas sem reservatórios diminuiu a capacidade do sistema e o tornou mais dependente das chuvas. Alguns atrasos em obras deixaram o setor hídrico estagnado. A oferta cresce significativamente apenas através de fontes intermitentes, como eólica e fotovoltaica, mais caras e menos confiáveis, por não armazenarem energia. “Existe uma sobra entre oferta e demanda, mas está diminuindo a cada ano. E essa sobra é ilusória, pois depende das fontes intermitentes”, afirma o diretor da Brasil Comercializadora de Energias, Eli Elias, em evento na União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). “Não há risco de desabastecimento, mas para o atendimento de ponto, o custo de operação será maior, o que significa energia mais cara”.
Em um momento de aumento repentino de consumo ou de crise hídrica, o acionamento de usinas de fontes alternativas se faz necessário. Isso encarece a operação e pode até colocar o abastecimento em risco, caso a fonte intermitente não esteja operando. A outra opção é o uso de termelétricas, que além de poluidoras, também são mais caras.
“Para o atendimento do consumo de ponta, as hidrelétricas têm uma rampa de geração. Ela não pode oferecer esse aumento de uma hora para outra”, explica o gerente de bioeletricidade da Unica, Zilmar José de Souza.
Fonte: DCI
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