Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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Nos últimos cinco anos, o setor elétrico nacional destruiu R$ 65 bilhões em valor por uma conjunção de fatores: baixa consolidação em distribuição; a reduzida eficácia dos incentivos por eficiência, em especial no setor público; a falta de disciplina financeira e de modelos de gestão de custos e investimentos; a lentidão do setor para modernizar e digitalizar suas operações; a intervenção dos últimos governos que gerou significativas perdas financeiras (MP 579, de 2012) e uma recorrente instabilidade regulatória.
"O setor elétrico não consegue gerar retornos suficientes para pagar seus custos de capital, mas esse cenário abre oportunidades. Existem ineficiências tradicionais que podem ser exploradas para melhorar as margens operacionais com otimizações simples", diz Daniel Martins, autor de um estudo da Roland Berger que analisou os balanços dos 23 maiores grupos do setor elétrico brasileiro.
Até R$ 20 bilhões da geração de valor projetada poderiam vir apenas com a digitalização de operações. A modernização do setor elétrico brasileiro deveria permitir a criação de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões de valor adicionado nos próximos três anos. "Muitos grupos internacionais têm expandido sua atuação no Brasil porque veem essas oportunidades. Essa busca por mais eficiência deverá levar ao avanço tecnológico nesses próximos anos, as concessionárias terão de ser mais eficientes em um cenário de revolução no setor elétrico mundial."
Fonte: Valor Econômico
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