Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Piora nas previsões de chuvas eleva preços de energia

Piora nas previsões de chuvas eleva preços de energia

Em: 12/02/2019 às 12:05h por

A piora das condições meteorológicas, com chuvas previstas para os próximos dias nas regiões dos reservatórios das hidrelétricas ainda mais abaixo da média histórica, fizeram com que o preço de energia no mercado à vista chegasse a R$ 510,81 por megawatt-hora (MWh) nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul. A informação foi divulgada no fim da semana passada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O valor é ligeiramente inferior ao teto estabelecido para este ano, de R$ 513,89/MWh.

Na sexta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) publicou a revisão semanal do Programa Mensal da Operação (PMO), que apontou piora nas chuvas previstas para fevereiro. Um encontro extraordinário do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aconteceu em seguida, quando foi liberado o despacho de termelétricas com custo de geração de até R$ 588,75/MWh no Sudeste e no Sul, acima do valor máximo apontado pelos modelos computacionais, por causa da piora das projeções meteorológicas.

Segundo fontes, o encontro foi marcado depois da atualização do PMO justamente para que os membros do comitê pudessem tomar uma decisão sobre o despacho de termelétricas fora da ordem de mérito levando em conta os dados mais atuais possíveis sobre as condições de operação do sistema.

Na sexta, o ONS reduziu as projeções de afluências do submercado Sudeste/Centro-Oeste de 63% da média histórica para 60%. No Sul, a projeção caiu de 75% para 65%. Considerando todo o país, a expectativa de afluências passou de 62% para 57%.

Segundo fontes, o CMSE vai divulgar em breve um critério objetivo para o desligamento das térmicas mais caras cujo despacho foi autorizado. Esse critério será tornado público a fim de permitir que os agentes tenham previsibilidade nas suas operações.

A diferença entre o PLD e o custo das termelétricas despachadas será paga por meio de encargo cobrado de todos os consumidores. Outra decisão tomada pelo CMSE na sexta-feira, que também pode ser custeada pelos consumidores é a autorização para que o ONS considere a importação de energia do Uruguai e da Argentina, como "recurso adicional" para ajudar a garantir o atendimento da demanda. O mecanismo está previsto nas normas do setor e geralmente funciona por meio da troca de volumes equivalentes de energia.

Fonte: Valor Econômico