O ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) afirmou nesta 3ª feira (22.set.2020) que é preciso “reavaliar os preconceitos comuns contra a energia nuclear”.

De acordo com o almirante, “há 1 consenso técnico crescente […] de que a energia nuclear desempenha papel fundamental na promoção de uma matriz energética limpa e global”.

A declaração foi feita durante a abertura do Fórum Científico da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) 2020 cujo tema é “Energia Nuclear e a Transição Energética Limpa”. Eis a íntegra (326 KB) do discurso.

Ainda assim, o ministro destacou a necessidade de 1 sistema de energia híbrido, que mescla fontes renováveis –como a solar e eólica– com as demais. “O futuro é claro: sistemas híbridos de energia que combinam tecnologias nucleares com fontes intermitentes renováveis, tanto para geração de eletricidade, quanto para o aquecimento industrial”.

O chefe da pasta de Minas e Energia afirmou que a demanda de energia no país deve crescer até 2,5 vezes em 30 anos. Neste contexto, afirma que a capacidade de geração nuclear crescerá cerca de 10 gigawatt.

Segundo Bento Albuquerque, durante a pandemia de covid-19, o setor tem sido, até o momento, a “chave ao auxiliar em manter níveis satisfatórios de energia nos nossos reservatórios hídricos”. Angra 2, por exemplo, bateu recorde de geração, citou.

A usina, que entrou em operação comercial em 2001, bateu a produção acumulada de 200 milhões de MWh em 19 de junho.

REUNIÃO COM ESTADOS UNIDOS

Depois do discurso, o ministro encontrou-se com a subsecretária de Segurança Nuclear do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), Lisa E. Gordon-Hagerty. Segundo o Ministério, trataram da agenda bilateral na vertente de energia civil nuclear, que vem sendo desenvolvida no marco do Forum de Energia Brasil-EUA.