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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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CMSE determina medidas para preservar reservatórios de hidrelétricas

Em: 07/03/2024 às 09:41h por MME - Ministério de Minas e Energia

Por conta do baixo nível de chuvas, ministro Alexandre Silveira e membros do colegiado decidiram pela diminuição do fluxo nas usinas de Jupiá e Porto Primavera

 

Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, determinou a redução da saída de água nas usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, no Rio Paraná (entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul) e a retenção nas usinas de cabeceira. A decisão foi tomada por conta dos níveis de chuva abaixo do esperado nos últimos meses. A deliberação foi realizada durante a 289ª reunião ordinária, nesta quarta-feira (6/3).

A medida tem o potencial de preservar cerca de 11% de armazenamento na Bacia do Paraná até agosto e cerca de 7% no Sudeste/Centro-Oeste. O CMSE decidiu que as UHEs Jupiá e Porto Primavera devem reduzir as defluências mínimas para 3.300 metros cúbicos com por segundo e 3.900 metros cúbicos com por segundo, respectivamente.

“Vamos tomar as medidas necessárias para garantir o suprimento energético e manter o nível dos reservatórios. O setor elétrico tem que estar sempre atento para evitar imprevistos e priorizar a segurança aos consumidores”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Reservatórios

Em fevereiro, foram verificados armazenamentos equivalentes de cerca de 65%, 68%, 66% e 77% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), o armazenamento foi de aproximadamente 66% no final de fevereiro, portanto, 14,1 % abaixo em relação ao mesmo período de 2023.

Informações Técnicas

Condições Hidrometeorológicas: Em fevereiro, o trecho entre as UHEs Três Marias e Sobradinho, na bacia do rio São Francisco, e a bacia do rio Jacuí apresentaram precipitação superior à média histórica. As bacias dos rios Tocantins e Madeira apresentaram precipitação próximo à média, sendo que nas demais bacias hidrográficas de interesse do SIN a precipitação foi inferior à média histórica. Ainda durante esse mês, em relação à Energia Natural Afluente (ENA), foram verificados valores abaixo da média histórica em todos os subsistemas; 61% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste, 68% da MLT no Nordeste, 73% da MLT no Norte e 86% da MLT no Sul.

Em março, de acordo com o cenário inferior, a indicação é de uma ENA abaixo da média histórica para todos os subsistemas. Para o Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sul a previsão é de 49%, 60%, 61% e 64% da MLT, respectivamente. No que diz respeito ao SIN, o estudo aponta condições de afluência de 54% da MLT, sendo o menor valor para março de um histórico de 94 anos.

Se considerarmos o cenário superior, ainda no mesmo mês, a previsão indica valores de ENA abaixo da média histórica para todo o SIN. As condições previstas são de cerca de 61% da MLT para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 86% da MLT para o Sul, 75% da MLT para o Nordeste e 71% da MLT para o Norte. Para março, em relação ao Sistema Interligado Nacional (SIN), este cenário de vazão indica condições de afluência prevista de 66% da MLT, sendo o 4º menor de um histórico de 94 anos.

Energia Armazenada: Em fevereiro, foram verificados armazenamentos equivalentes de cerca de 65%, 68%, 66% e 77% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 66%.

Para o último dia de março, a expectativa é de 64,0%, 39,8%, 72,6% e 94,9% da EARmáx, considerando o cenário inferior, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No cenário superior, há uma previsão de 67,7%, 47,0%, 76,7% e 95,5% da EARmáx, considerando a mesma ordem. Para o SIN, os resultados para o final do mês devem ser de 65,5% da EARmáx para o cenário inferior e de 69,4% para o cenário superior.

Expansão da Geração e Transmissão: A expansão verificada em fevereiro foi de 1.091 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, de 120,0 km de linhas de transmissão e de 550 MVA de capacidade de transformação. Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 1.757 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 271,4 km de linhas de transmissão e 1.250 MVA de capacidade de transformação.

O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País, adotando as medidas para a garantia do suprimento de energia elétrica. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.