Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Consulta para uso de Newave híbrido e calibração de CVaR é aberta pelo MME

Em: 24/04/2024 às 08:51h por Canal Energia

Relatório recomenda índices de 15% para o alfa e de 40% para o lâmbda, para fins de planejamento da operação e formação de preço a partir do PMO de janeiro de 2025

 

O Ministério de Minas e Energia iniciou a consulta pública no. 162/2024, que discute os aprimoramentos metodológicos para o Ciclo 2023/2024 referente à CPAMP. A principal sugestão que consta do relatório técnico do grupo é a de utilizar o modelo NEWAVE Híbrido avaliado com a calibração de CVaR aos índices de 15% para o alfa e de 40% para o lâmbda, para fins de planejamento da operação e formação de preço a partir do PMO de janeiro de 2025. As contribuições dos interessados nesse assunto serão recebidas pelo MME até o dia 17 de junho de 2024.

O grupo justifica essa escolha como sendo a mais apropriada, uma vez que apresenta maior eficiência e menor custo de geração térmica, bem como, aderência aos critérios de segurança energética do CMSE.

Segundo estudo apresentado, esses índices foram mais eficientes, alcançando maiores níveis de armazenamento ao final de 2022 e 2023, com a adição de 2,5 p.p. e 2,1 p.p. respectivamente, em relação à execução com o modelo vigente, com o destaque para o uso do mesmo nível de geração termelétrica e custo associado.

Destacou ainda que para se analisar os efeitos diretos nas políticas operativas (Funções de Custo Futuro), foi feita uma análise sobre o comportamento dos armazenamentos das bacias dos rios Grande e Paranaíba ao considerar o modelo NEWAVE Híbrido quando comparado ao modelo vigente (REE). “Em análises estruturais de longo prazo, observou-se que as trajetórias de armazenamentos do modelo híbrido se aproximam mais dos valores reais observados durante a operação, ou seja, os aprimoramentos metodológicos proporcionam uma maior coerência entre os resultados auferidos pelos modelos e a realidade sistêmica”.

O relatório apresentado e que está em consulta pública destaca ainda que para se garantir uma maior segurança energética estrutural ao SIN, é necessário que os modelos computacionais sejam constantemente aprimorados tendo em vista que os resultados operativos se aproximem da realidade sistêmica. Por isso, argumenta que a proposta metodológica NEWAVE Híbrido traz importantes aprimoramentos nessa direção.

O grupo recomenda ainda a utilização do período de individualização de 12 meses com a indicação de estudos para a total individualização de UHEs concomitantemente com outros estudos de redução de tempo computacional. Além disso, sugere a atualização dos valores de VminOp (valor mínimo de operação) de 22,5% para 19,1% no Norte, conforme nota técnica do ONS, entre outras medidas.

A representação individualizada das usinas hidrelétricas no modelo Newave, sinaliza o relatório, é um anseio discutido setorialmente e por órgãos externos ao setor elétrico há anos. “O tema ganhou especial atenção com a situação energética vivenciada nos últimos anos, composta por períodos alternados de crise energética agudos e de abundância hidrológica”, lembra.

E ainda, que ao longo do Ciclo de Trabalhos 2023/2024 a Equipe de Trabalhos Técnicos da CPAMP avaliou a Representação Híbrida de UHEs no modelo computacional. Assim, como finalização dos trabalhos objetiva a recomendação da representação individualizada das hidrelétricas nos 12 primeiros meses para os processos de planejamento da operação e cálculo do Preço de Liquidação de Diferenças.

E avisa que a versão avaliada do Newave no relatório ainda não é viável computacionalmente para a representação totalmente individualizada das UHEs nos anos de interesse dos estudos da EPE. “Assim, a EPE vem analisando a evolução das novas funcionalidades, realizando o acompanhamento de melhorias na eficientização do modelo, realizando avaliações das mudanças na política operativa, sendo inclusive necessário aprimoramentos na simulação final individualizada e cálculo dos CMOs sem considerar o racionamento preventivo, tendo como objetivo a aplicação do modelo individualizado em seus estudos”.