Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender, desta vez na Câmara dos Deputados, a negociação com a Eletrobras para antecipar cerca de R$ 18 bilhões que seriam aportados pela companhia na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) até 2047.
A intenção da pasta é trazer esses valores para os próximos dois anos. O governo Bolsonaro incluiu no projeto de privatização da Eletrobras esses aportes por 25 anos na CDE, como uma medida para compensar o aumento do custo da energia elétrica da companhia, após a revisão dos contratos.
Essa negociação em curso e que mira os R$ 18 bi ocorre em outra frente, a partir da conciliação aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), após o governo Lula acionar a corte para questionar os limites impostos no conselho da Eletrobras.
Silveira diz que prefere sair a ceder por pressões. Silveira disse que chegou a conversar com o presidente Lula (PT) sobre a possibilidade de entregar o cargo.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados na terça (13/8), Silveira disse que não quer sair como o ministro que deixou a conta de energia mais cara do mundo.
O ministro defende que o governo vete as emendas incluídas no projeto de lei das eólicas offshore.
Silveira também alegou haver um boicote por parte das agências reguladoras ao governo Lula, pelo fato de parte de suas diretorias terem sido indicadas durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Servidores param novamente.
Os servidores das agências reguladoras federais marcaram uma paralisação para quinta-feira (15/8), mesmo dia da mesa de negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI). A paralisação estava inicialmente programada para segunda-feira (12/8), mas foi adiada. A intenção é obter uma melhor proposta do governo para o reajuste salarial da categoria.
CNPE adiado. O governo adiou a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) convocada pelo MME para quinta (15/8), devido a mudanças na agenda do presidente Lula.
Fafen. Lula vai para uma cerimônia de início da retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA) da Petrobras, em Araucária (PR). A Petrobras havia informado que a fábrica retomará a operação em 2025, após fechar o acordo trabalhista para incorporar de volta funcionários. Também serão anunciados investimentos na refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar).
Acordo para eólicas offshore no Rio Grande do Sul. Enquanto o marco regulatório segue em discussão no Congresso, o setor privado avança nos acordos para desenvolver o mercado.
No hidrogênio, incentivos fiscais devem privilegiar projetos com menor emissão. A Câmara aprovou na segunda (12/8) o Projeto de Lei 3.027/2024 que estabelece regras para concessão de créditos fiscais dentro do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC).
De acordo com o novo texto, de autoria do deputado José Guimarães (PT/CE), os créditos fiscais poderão privilegiar projetos com menor intensidade de emissões de gases de efeito estufa. O programa prevê um montante de R$ 18,3 bilhões a serem distribuídos entre 2028 e 2032.
O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT) expressou apoio às modificações no texto aprovado. O estado abriga um dos projetos de hidrogênio verde mais avançados do país. O texto agora segue para apreciação no Senado.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental