Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu a possibilidade de revisão da bandeira tarifária de setembro, que alcançou o patamar Vermelha 2, em razão de inconsistências identificadas pelo Operador Nacional do Sistema nos dados de entrada do Programa Mensal de Operação, referentes ao despacho inflexível da UTE Santa Cruz no modelo Newave. “Isso pode acontecer. São problemas técnicos, objetivos,” afirmou nesta quarta-feira, 4.
Silveira acrescentou que a Conta Bandeiras está em situação confortável em termos de recursos e não descartou a possibilidade de que o saldo positivo seja usado para manter o mecanismo em patamares mais baixos, embora com certa prudência para manter o equilíbrio em relação à necessidade de despacho térmico.
“Como eu disse, se a gente quiser usar o recurso do conta bandeira nós podemos, inclusive, adiantar e manter a bandeira verde e amarela durante algum tempo. Mas esse equilíbrio é fundamental, porque ninguém tem segurança em quanto tempo ainda nos precisaremos estar despachando as nossas térmicas.”
Ao comentar a série de recomendações feitas pela Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico na reunião mensal desta terça-feira (03/09), o ministro destacou que mesmo com a bandeira tarifária no maior patamar de custo após três anos, o cenário hidrológico atual é mais confortável que o da crise hídrica de 2021, e, graças ao planejamento feito, há segurança de que país não terá crise energética.
Uma das razões é o superávit atual da Conta Bandeiras e a outra o nível dos reservatórios, hoje de 56%, contra 21% em 2021. “Naquela época, tínhamos as distribuidoras no vermelho na conta bandeira. Hoje, temos a conta bandeira superavitária. Temos recursos abundantes na conta bandeira que podem ser utilizado caso a escassez hídrica se agrave.”
O ministro reforçou que a geração térmica fora da ordem de mérito, sinalizada ontem pelo CMSE, caso haja necessidade, é sempre um instrumento que tem que estar sob a gestão do ONS. Disse que não é admissível que o sistema corra qualquer risco de desabastecimento, mas garantiu que não existe necessidade de nenhum despacho que possa aumentar o custo da energia nesse momento.
O governo já adotou todas as medidas necessárias para evitar problemas de abastecimento de energia elétrica no estado do Amazonas, em razão da seca na região Norte, disse o ministro. Segundo Silveira, um grupo de trabalho coordenado pelo secretário de Petróleo e Gas, Pietro Mendes, tem atuado especialmente na questão do abastecimento de combustível para as térmicas do sistemas isolados
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