Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 32,7% em agosto, para 3.420 megawatts médios (MWmed), ante 2.578 MWmed no mesmo período de 2023, mostra o boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A geração de usinas eólicas e térmicas também apresentaram incremento no período, com avanços de 29,1% e 23,3%, respectivamente. Já as hidrelétricas registraram redução de 10%. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 71.365 MW médios, crescimento de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN registrou 68.532 MW médios, uma alta de 3,1% em relação ao mesmo período de 2023. O Ambiente de Contratação Livre (ACL) apresentou crescimento de 4,0% e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) avanço de 0,8%. Neste mês houve geração de 948 MW médios e importação de 28 MW médios. Ao desconsiderar o montante exportado também em agosto de 2023, de 245 MW médios, o consumo no SIN cresce 2,1%.
Conforme o relatório, com temperaturas menores em grande parte do país na comparação com agosto de 2023, os estados que registraram as maiores quedas no consumo foram Acre (-9,3%), Mato Grosso (-7,6%) e Piauí (-4,9%). Entre as maiores altas estão Espírito Santo (10,2%), Maranhão (8,6%), Rio Grande do Sul (7,4%) e Amazonas (6,1%).
Entre os ramos de atividade, os maiores crescimentos foram de extração de minerais metálicos (10,4%), saneamento (7,7%), madeira, papel e celulose (6,7%) e manufaturados diversos (5,7%). As quedas foram registradas nos ramos de telecomunicações (-4,3%) e têxteis (-1,3%). A CCEE destacou que, nesse mês, mais 2.533 unidades consumidoras migraram para o mercado livre de energia, sendo a maior parte com demanda contratada até 0,1 MW médios.
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operar Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a semana operativa que vai do dia 14 a 20 de setembro indica que os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final de setembro se mantêm acima de 50% em dois subsistemas: o Norte (74,3%) e o Nordeste (50,3%).
Para o Sudeste/Centro-Oeste, a EAR estimada no último dia do mês é de 46,9% e no Sul é de 48,4%. As estimativas de três regiões são inferiores às primeiras revisões de setembro, com exceção do Sul, que apresenta uma projeção de EAR superior àquela apresentada previamente.
O ONS afirmou que está acompanhando a redução dos níveis dos reservatórios, um comportamento previsto ao longo da estação tipicamente seca, sendo eventualmente necessária a implementação de ações excepcionais.
Os cenários prospectivos da demanda de carga são de avanço no SIN e em todos os subsistemas. Para o SIN, a aceleração esperada é de 3,2% (79.679 MWmed), percentual superior ao divulgado na última semana (1,5%). A expansão mais elevada deve ser verificada no Norte, 8,8% (8.371 MWmed), seguido pelo Sul, 5,1% (13.280 MWmed).
A perspectiva de crescimento para Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste é de 3% (13.034 MWmed) e de 1,8% (44.994 MWmed), respectivamente. Os percentuais comparam os resultados para o final de setembro de 2024, ante o mesmo período do ano passado.
As indicações para a Energia Natural Afluente (ENA) seguem abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todos os subsistemas. O Sul apresenta o percentual mais alto, podendo atingir ENA de 53% da MLT no último dia do mês. Na sequência estão o Norte, com 49% da MLT e o Sudeste/Centro-Oeste, com 48%. O Nordeste deve atingir o índice mais baixo, com 42% da MLT.
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