Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Biometano é apontado como essencial para a transição energética em MT

Em: 23/05/2025 às 14:05h por 220 Relações Públicas

 


O 2º dia do “Encontro da Indústria do Setor Elétrico - 2025”, promovido pelo Sindenergia MT, na quarta-feira (21), em Cuiabá (MT), começou com o painel: Biometano e inovação - novos caminhos para a transição energética em MT.
Para debater o tema, contribuíram Silvio Rangel, presidente da Fiemt, Luciane Piovazan da PlanET Biogás, Jeferson Gomes diretor de inovação e tecnologia da CNI,  Silla Motta CEO da Donna Lamparina, e com a moderação comandada por Danilo de Souza professor da UFMT.


Silvio Rangel, presidente da Fiemt, destacou a importância da energia para o crescimento industrial e a necessidade de regulamentações de mercado para o biometano. "Nós temos uma capacidade muito grande de produção de biometano no estado, mas precisamos de regulamentações para criar linhas de consumo de biometano", afirmou.
Luciane Piovazan, da PlanET Biogás, apresentou oportunidades para o biometano no estado de Mato Grosso, destacando a possibilidade de verticalização da produção de biogás e biometano para indústrias e produtores do agronegócio. "Isso pode ser um negócio novo e verticalizado para principalmente indústrias e produtores do agronegócio que têm muitos resíduos", explicou.


Jeferson Gomes, diretor de inovação e tecnologia da CNI, pontuou sobre  planejamentos estratégicos para a utilização do biometano e a necessidade de desenvolver a lógica do mercado do gás.
"Eu acho que foi uma grande oportunidade participar desse evento, onde discutimos questões extremamente produtivas sobre energia. O assunto é muito amplo e complexo, envolvendo geração, transmissão e distribuição, cada um com suas particularidades. O balanço do painel foi sobre planejamentos estratégicos para a utilização do biometano, no entanto, precisamos avaliar a viabilidade desses negócios em diferentes situações”, avalia Jefferson.


Silla Motta, CEO da Donna Lamparina, destacou que o biometano é um vetor tecnológico de transição na descarbonização e pode ser uma grande solução para cuidar dos resíduos e abastecer empresas e frotas. 
"O biometano é um vetor tecnológico de transição na descarbonização, emitindo menos gases de efeito estufa do que o gás natural e o diesel. Aqui no Mato Grosso, temos um grande potencial para produzir biometano e biogás a partir dos resíduos, principalmente da indústria sucroenergética. Além disso, o biometano faz parte das soluções energéticas que as comercializadoras de energia estão oferecendo para otimizar o portfólio e atender às necessidades de cada consumidor”, explicou Silla.


Danilo de Souza, professor da UFMT e moderador do painel, ressaltou a importância de ligar as questões de políticas públicas com as questões de industrialização do estado. "O objetivo do painel era tentar ligar as questões de políticas públicas com as questões de industrialização do estado e fazer essa ligação como um todo para que saísse do painel alguns objetivos centrais para o desenvolvimento de Mato Grosso nessa linha", afirmou.


O painel concluiu que é necessário fortalecer a cadeia de incentivos no estado para a produção de energia a partir dos resíduos, com o biogás como um vetor de desenvolvimento para o estado. Além disso, destacou a importância da diversificação do portfólio das comercializadoras de energia e a necessidade de soluções energéticas personalizadas para cada consumidor.