Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 22,2% na primeira quinzena de junho, para 3.381 megawatts médios (MWmed), ante 2.768 MWmed no mesmo período de 2024, mostra análise preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Conforme o levantamento, também houve incremento na geração de usinas eólicas e térmicas na quinzena, de 2,2% e 5,1%, respectivamente. Já as hidrelétricas tiveram queda de 5,2% na produção de energia elétrica. No total, a geração de energia no SIN registrou 69.318 MW médios, redução de 1,2% em relação ao igual período anterior.
De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN registrou queda de 2,6% na quinzena, registrando 65.164 MW médios. O Ambiente de Contratação Livre (ACL), apresentou retração de 4,0%, e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) queda de 1,5%.
Na análise regional, os estados do Maranhão (10,8%), Acre (4,4%) e Santa Catarina (3,7%) apresentaram as maiores altas, enquanto na outra ponta Rio de Janeiro (-17,6%), Tocantins (-17,1%), Mato Grosso do Sul (-11,9%) e Amazonas (-10,8%) as maiores quedas.
Entre os ramos de atividade, extração de minerais metálicos (2,4%) e veículos (2,4%) apresentaram alta, enquanto comércio (-10,7%), telecomunicações (-9,9%) e saneamento (-9,3%) as maiores quedas.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) publicou um relatório técnico que analisa o aumento dos cortes de geração de energia renovável no Brasil, fenômeno conhecido como curtailment. O objetivo é avaliar a situação atual e apresentar projeções para os próximos anos, com foco no período de 2026 a 2029.
O documento mostra que a evolução dos cortes está diretamente ligada ao avanço da capacidade instalada da geração em proporção superior ao aumento da demanda, o que tem pressionado a operação do sistema. Também foram feitas projeções sobre o comportamento dos cortes de geração eólica e fotovoltaica até 2029, considerando por premissa a minimização das gerações hidrelétricas e termelétricas.
Essa projeção indica que, com a entrada de novas usinas com contrato de uso do sistema de transmissão, a tendência é de aumento na ocorrência de curtailment por razões energéticas, ou seja, quando a geração excede a demanda em determinados momentos, especialmente nos horários diurnos.
“O relatório evidencia como a projeção do curtailment futuro está atrelada a evolução do parque gerador. Com os resultados, será possível encontrar soluções adequadas para os cenários futuros”, afirmou o diretor-geral do NOS, Marcio Rea.
“Diante disso, o ONS propõe aprimoramentos no marco regulatório, como o avanço na controlabilidade dos geradores distribuídos, de forma que também seja possível fazer a gestão sobre esse tipo de geração, e a revisão de regulamentos e de políticas públicas, para equilibrar responsabilidades, aprimorar a eficiência alocativa e garantir eficiência operacional”, complementou o diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental