Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, avalia que a proposta do governo de criar um teto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encaminhada ao Congresso por meio da Medida Provisória1.304/2025, pode desencadear uma nova corrida por subsídios no setor elétrico.
O texto propõe atrelar o limite ao orçamento da CDE de 2026, ainda indefinido. Feitosa alerta que a medida pode abrir espaço para que segmentos busquem ampliar benefícios custeados pela conta de luz.
“Se, de alguma forma, se atrela o novo teto a partir do orçamento de 2026, há um grande incentivo para ampliar esse teto por meio de mais subsídios até 2026. Vejo que realmente deveríamos ter atrelado a 2025, o número já era particularmente conhecido”, afirma. “Já tivemos essa experiência e agora existe esse risco real de acontecer a mesma coisa. Espero que o Congresso Nacional, caso haja decisão de analisar a medida provisória, trate esse aspecto, que também é relevante”, acrescenta.
Por que a indústria eólica no Brasil enfrenta “uma crise dentro da crise”A indústria eólica vive uma situação “insuportável” diante do cenário de baixo crescimento da demanda e de excesso de oferta de energia no país, segundo relataram agentes do setor à Bloomberg Línea.
A conjuntura está cada dia mais complexa, afirmou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum.
Segundo a dirigente, o setor emendou um ciclo de crescimento expressivo desde 2009, mas que foi interrompido no ano passado. “O primeiro ponto de inflexão da indústria foi em 2024 e deve permanecer pelos próximos quatro anos. Ainda vamos perceber essa crise”, disse em entrevista à Bloomberg Línea. A executiva apontou que o crescimento do setor foi exponencial desde os primeiros leilões do gênero, há cerca de 15 anos, mas no ano passado a instalação de nova capacidade de geração caiu 32% em relação a 2023. Para 2025, a estimativa é a de uma retração de 39%.
Gannoum disse, ainda. que a retração das vendas da cadeia eólica está associada à economia brasileira, que passou muitos anos com baixo crescimento. Segundo ela, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresce 1%, a demanda de energia sobe de 1,5% a 2%. “Isso trouxe reflexos para a indústria. Sentimos mais fortemente a crise, porque temos uma cadeia de produção e fabricamos os equipamentos no país.”
Senado fará sabatinas de indicados às agências reguladoras O portal Poder 360 / Energia informa que o presidente da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, Marcos Rogério (PL-RO), convocou sessões extraordinárias nos dias 19 e 20 de agosto para sabatinar os indicados às principais agências reguladoras do país. As sessões serão divididas em turnos pela manhã e à tarde.
As sabatinas são etapas obrigatórias antes da votação no plenário do Senado para a aprovação dos indicados, e têm como objetivo avaliar experiência, qualificação e compromissos com a gestão das agências.
Cade aceita participação da Petrobras em análise de operação com ações da Braskem O Valor Econômico informa que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou a Petrobras como terceira interessada no procedimento que avalia a possível compra das ações da NSP Inv, subsidiária da Novonor (antiga Odebrecht) que detém o controle da Braskem, por Nelson Tanure, por meio de um fundo. Com isso, a operação que havia sido aceita pela área técnica do órgão antitruste, vai demorar mais para ser concluída e pode até ser barrada.
A Petrobras alega que deveria ter sido notificada da intenção de venda, mas só foi saber da operação por meio de um fato relevante, publicado pela Braskem.
Conforme regras previstas no acordo de acionistas da Braskem, celebrado entre Petrobras e Novonor, a Petrobras tem os direitos de preferência e de “tag along” (mecanismo de proteção para acionistas minoritários em caso de mudança de controle acionário de uma empresa), na hipótese de venda, direta ou indireta, das ações detidas pela Novonor na Braskem.
Diretor da Aneel se opõe a novo contrato da Enel no Rio
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Fernando Luiz Mosna, vota contra a renovação da concessão da Enel Rio, responsável pela distribuição de energia elétrica de cerca de 3 milhões de clientes em 66 municípios fluminenses. O contrato atual vence em dezembro de 2026.
Segundo seu voto, embora a concessionária tenha cumprido os requisitos mínimos estabelecidos pelo Decreto no 12.068/2024 – relacionados à eficiência na continuidade do fornecimento, à gestão econômico-financeira e à regularidade fiscal e trabalhista -, o desempenho da distribuidora em indicadores complementares mostraria falhas na prestação do serviço adequado. (Valor Econômico).
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental