Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O fornecimento de energia elétrica foi restabelecido em cerca de duas horas após a apagão registrado na madrugada desta terça-feira, 14 de outubro, no Sistema Interligado Nacional (SIN). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reuniu-se com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para avaliar as causas do incidente e reforçar medidas de prevenção.
“O sistema elétrico respondeu corretamente, dentro dos protocolos previstos, e as interrupções foram rapidamente sanadas. As melhorias adotadas desde 2023 mostraram resultado”, afirmou Silveira, destacando a atuação preventiva do ministério para fortalecer a confiabilidade do sistema.
Segundo o ONS, o apagão teve início às 00h32, devido a um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, o que provocou o desligamento da linha de 500 kV e a desconexão entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Para evitar o agravamento da falha, foi feito um desligamento controlado de cerca de 10 GW de carga.
Os estados mais afetados foram São Paulo (2,6 GW), Minas Gerais (1,2 GW), Rio de Janeiro (900 MW) e Paraná (900 MW). A recomposição começou imediatamente e, em menos de uma hora, 90% do sistema já estava restabelecido. A normalização completa ocorreu por volta das 2h, tempo inferior ao registrado em ocorrências semelhantes anteriores.
O ONS informou que o problema não foi causado por falta de energia, mas por uma falha técnica pontual em equipamento da subestação. O Relatório de Análise de Perturbação (RAP), com o detalhamento das causas e recomendações, será concluído em até 30 dias. O MME continuará acompanhando o processo e divulgará novas informações conforme o avanço da apuração.
A Eletronuclear informou que as usinas de Angra dos Reis operaram praticamente sem impacto durante a falha elétrica. Angra 1 manteve 100% de sua capacidade (652 MWe), enquanto Angra 2 teve uma leve redução de geração, de 1361 MWe para 1310 MWe.
Segundo o ONS, a variação de potência nas usinas nucleares foi a menor entre todas as fontes de geração. As termelétricas convencionais, por exemplo, registraram queda de cerca de 5 GWe.
Já a Abradee destacou que as distribuidoras atuaram em coordenação com o ONS por meio do Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), garantindo a estabilidade e a recomposição gradual do sistema. O mecanismo funcionou conforme o previsto, evidenciando a eficiência dos protocolos de proteção do sistema elétrico brasileiro.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental