Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, disse que no sábado, 15 de novembro, pretende apresenta o que tem se chamado de roadmap de Baku a Belém, relacionado à questão do aumento dos valores de investimentos em transição energética. Ele disse que deverá apresentar não um caminho, mas alternativas para a elevação dos investimentos de US$ 300 bilhões para US$ 1,3 trilhão ao ano. O tema ainda estava em negociação entre as partes no quarto dia da conferência realizada em Belém (PA).
A ideia é fechar essa etapa até sábado e utilizar a segunda semana para afinar o texto para que esta edição do evento anual realmente seja um divisor entre as negociações realizadas até o ano passado para a efetiva implementação.
A organização do evento está otimista com os avanços alcançados até o momento. Segundo – Túlio Andrade, diretor de Estratégia e Alinhamento da COP 30, a questão NDCs, ou seja, dos compromissos assumidos pelos países possam realmente sair do papel. deve avançar. Ele explicou em coletiva de imprensa que o encontro no Brasil é o primeiro que coloca a dimensão da implementação e não apenas da regulação, como foi até 2024. “Essa é a primeira COP em que temos a regulação completa. Este ciclo se iniciou em 2015 com o Acordo de Paris. Este é o primeiro encontro que marca a transição das negociações para a implementação”, disse ele.
Nesse sentido, o Grupo Independente de Especialistas de Alto Nível em Financiamento Climático (IHLEG) apresentou seu quarto relatório. O documento divulgado no início da tarde desta sextafeira, 14 de novembro, na COP 30, traça um possível caminho para mobilizar o montante de US$ 1,3 trilhão ao ano.
Esse relatório foi um pedido das Presidências da COP29 (realizada em Baku em 2024) e da COP30. Há uma base analítica para o Roteiro de Baku a Belém rumo ao US$ 1,3 trilhão. Em linhas gerais, essa publicação que está disponível para dowmload em inglês, conclui que o caminho para a meta é viável. Ele parte de fontes externas de financiamento – público e privado – para impulsionar o desenvolvimento econômico e a ação climática nos países em desenvolvimento.
Entre outras razões, Corrêa do Lago, presidente da COP 30, diz que ainda é necessário mais tempo para a negociação sobre o texto. Ele negou que a situação seja de paralisia ou de desaceleração. Entretanto, ainda na última de quinta-feira, 13 de novembro, a UNFCCC ampliou o horário de funcionamento das instalações onde ocorrem a COP para que as delegações continuassem reunidas. Essa medida ocorre até o final desta sexta-feira.
O embaixador Mauricio Lyrio, Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, destacou que a medida de sucesso da COP 30 pode ser considerado a partir da comparação entre os dados de fevereiro até agora. Ele cita diretamente o volume de países que apresentaram as suas NDCs.
“Vamos olhar o que tínhamos no início do ano, em fevereiro. Vimos a saída de um país do Acordo de Paris [sem citar nominalmente os Estados Unidos] e a apresentação de apenas 21 NDCs”, relatou. “Agora o que temos são de 80% das emissões no mundo com seus NDCs apresentadas pelos países, mesmo com um dos maiores emissores não fazendo parte. Não vamos subestimar a capacidade de avanços e é o resultado de um grande esforço de diplomacia, inclusive com o presidente Lula participando de teleconferências com outros líderes. Portanto, digo que estamos em uma situação muito melhor do que havia em fevereiro”, disse ele ao explicar o parâmetro de sucesso que poderá ser medido.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental