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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Eficiência energética global acelera em 2025

Em: 24/11/2025 às 13:40h por Canal Energia

Taxa de melhoria sobe para 1,8% ao ano, impulsionada por mais de 250 novas políticas governamentais

 

O progresso mundial em eficiência energética registrou uma aceleração em 2025, segundo o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), sinalizando um novo impulso em área crucial para fortalecer a segurança energética e a competitividade econômica global.


O relatório “Energy Efficiency 2025” revela que a intensidade energética primária global – principal métrica para acompanhar o progresso da eficiência – está projetada para melhorar 1,8% este ano, representando um aumento substancial em relação aos apenas 1% registrados em 2024.


Estimativas preliminares indicam que economias-chave como Índia e China apresentam sinais de progresso mais robusto comparado à média observada desde 2019, quando o ritmo de melhorias começou a desacelerar significativamente.


Contexto

A taxa global de melhoria na eficiência energética tem sido consistentemente fraca desde 2019, mantendo uma média de aproximadamente 1,3% ao ano. Este desempenho representa uma queda em relação à média de cerca de 2% ao ano registrada entre 2010 e 2019.


Apesar da melhoria, a taxa atual permanece muito aquém da meta de 4% até 2030 estabelecida na COP28 em Dubai, onde quase 200 governos se comprometeram a dobrar a taxa média anual global de melhorias na eficiência energética até o final da década.


O relatório também identificou obstáculos específicos que impedem progresso mais acelerado. Aproximadamente dois terços do crescimento global da demanda final de energia desde 2019 concentrou-se no setor industrial, onde o progresso da intensidade energética desacelerou drasticamente nos últimos anos.


Caminhos

O relatório identifica duas estratégias principais para os países acelerarem as melhorias de eficiência. Primeiro, os governos podem elevar a ambição das políticas existentes, já que muitas não acompanharam os avanços tecnológicos e a ambição varia amplamente entre países.


Segundo, lacunas importantes de políticas ainda precisam ser preenchidas. Cerca de metade dos países no mundo ainda não possui padrões de eficiência para novos edifícios, inclusive em regiões que passam por rápido crescimento econômico.