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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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ONS projeta afluência média abaixo da MLT até maio

Em: 10/12/2025 às 13:55h por Canal Energia

A expectativa é de que o índice alcance 95% da MLT, já no cenário inferior o índice pode chegar a apenas 68% da média histórica de quase 100 anos para o período mais chuvoso do ano

 

O período úmido 2025/2026 deverá ser marcado por afluências abaixo da média histórica. As projeções para o período e dezembro de 2025 a maio de 2026 estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT), mesmo no cenário superior. Os cálculos do Operador Nacional do Sistema Elétrico apontam para um índice de 95% da MLT. Já no cenário inferior o índice é de apenas 68% da média histórica de quase 100 anos.


De acordo com as estimativas do ONS, o maior submercado do país deverá chegar ao final de maio com valor 16,3 p.p. acima do registrado ao mesmo período de 2025. Contudo, essa previsão é para o cenário otimista. Ou seja, na hipótese menos favorável, os reservatórios poderão ficar 29,3 p.p. abaixo do valor verificado em maio de 2025. O ONS alerta que os reservatórios intermediários da bacia do rio Paraná merecem atenção caso a hipótese inferior seja verificada.


Agora, as mesmas projeções para o SIN indicam, 15,1 p.p. acima do mesmo período de 2025, na condição otimista para o SIN. Todavia, o cenário menos favorável, sinaliza volume 17,9 p.p abaixo daquela verificado no mesmo mês do ano passado.


As projeções do ONS foram apresentadas na mais recente reunião do CMSE, em 3 de dezembro. Apesar do período chuvoso ainda estar em curso, o operador ressalta que há incertezas para os próximos meses.


Entretanto, de forma geral, a evolução dos armazenamentos está dentro dos níveis esperados. O operador aponta que o cenário geral ainda demanda acompanhamento constante das condições. Isso vale tanto em termos de afluência quanto de armazenamento.


Mais flexibilidade


O ONS apresentou ainda no CMSE a Rotina Operacional que atende as diretrizes da Portaria MME 115/2025. A proposta visa a caracterização de excedentes energéticos e aceite das ofertas de redução de inflexibilidade de usinas térmicas comprometidas com CCEARs. Os agentes termelétricos podem apresentar uma oferta para reduzir a geração mínima inflexível, desde que não cause aumento de custos para o setor elétrico. Porém, o objetivo é de manter a segurança eletroenergética do Sistema Interligado Nacional (SIN).


Outro aspecto apresentado e aprovado foi a atualização da metodologia de calibração dos parâmetros do CVaR. A medida refere-se ao que foi estabelecido na Resolução CMSE nº1/2025. O Operador apresentará essa nova metodologia em um workshop que ocorrerá em janeiro do ano que vem.


O colegiado aprovou ainda as Curvas Referenciais de Armazenamento (CRef) para 2026. A metodologia utilizada na elaboração da CRef foi a mesma utilizada em 2025. Nesse sentido, ficou definido que, para o SIN, o nível de referência para novembro de 2026 será o mesmo considerado para este mesmo mês em 2025, ou seja, 29% de Energia Armazenada. Ou seja, para os subsistemas, os respectivos níveis são: Sudeste/Centro-Oeste e Sul, 30%; Norte 28% e Nordeste 23%.