Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Alta da energia deve render R$ 1,48 bilhão para o Estado

Alta da energia deve render R$ 1,48 bilhão para o Estado

Em: 30/03/2015 às 15:35h por

Uma notícia incômoda para os consumidores pode representar um alento à difícil situação financeira enfrentada pelo Rio Grande do Sul. O aumento na tarifa de energia elétrica e as novas bandeiras tarifárias podem representar acréscimo de R$ 1,48 bilhão na arrecadação estadual do Imposto sobre Comércio de Produtos e de Serviços (ICMS) em 12 meses, aponta estudo independente da GV Energy.

"Há males que vêm para bem", brinca o sócio-diretor da empresa, Pedro Machado, não escondendo o entusiasmo com o reflexo positivo desse valor nas contas governamentais. "Mesmo que esse dinheiro não seja usado para pagar o salário dos servidores e outros gastos importantes, ele já gera um fluxo de caixa importante nesse momento", afirma.

Com o reajuste no preço do insumo realizado em 2 de março e mantido o consumo previsto para 2015 (de acordo com a última revisão anual da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel), a arrecadação total do Estado via ICMS deve chegar a R$ 4,4 bilhões. Antes, a estimativa de arrecadação estadual, também realizada pela empresa atuante na área de gestão e representação de energia nos mercados de energia livre e cativa, era de R$ 2,97 bi. Por outro lado, Machado admite que o fardo mais pesado na divisão por setores irá recair principalmente sobre os ombros dos consumidores residenciais.

O estudo leva em conta o reajuste das três principais distribuidoras de energia. Em média, as tarifas de energia elétrica do Rio Grande do Sul foram aumentadas em 33% nas três principais distribuidoras - CEEE, AES SUL e RGE. Vários itens que compõem o custo da tarifa tiveram aumento e foram repassados ao usuário na hora de calcular o reajuste extraordinário.

Os componentes que mais contribuíram para a alta no preço de energia foram o aumento do encargo da conta de desenvolvimento energético (CDE), o aumento do preço da energia de Itaipu, a aquisição de novos contratos com preços mais caros que os atuais (pelas distribuidoras, em leilões de energia) e a criação do sistema de bandeiras tarifárias (o sistema sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica e aumentam a base da tarifa).

Além do ICMS, a arrecadação de PIS/Cofins (Programa de Integração Social e a Contribuição Social para o Financiamento daSeguridade Social) também terá aumento. Cerca de R$ 400 milhões irão para os cofres da União, conforme a pesquisa. (Jornal do Comércio)