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Confiança de empresários fica próxima à do ciclo 2008-2009

Confiança de empresários fica próxima à do ciclo 2008-2009

Em: 06/04/2015 às 15:18h por

O nível de confiança dos empresários, que comandam pequenas e médias empresas, para o segundo trimestre de 2015 recuou 2,2% em comparação com o do período anterior, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) divulgado na última quarta-feira. 
A queda foi menor que a registrada no trimestre anterior, de 7,18%, mas ficou apenas 0,5 ponto acima do índice do segundo trimestre de 2009, na esteira da crise global de 2008. 
O índice, calculado com base em uma pontuação que varia de 0 a 100 (em que 100 é confiança máxima), caiu de 58,9 para 57,7 pontos. 
Regionalmente, contudo, o empresariado está dividido. Nas regiões Sudeste e Norte, predominam o pessimismo, enquanto Nordeste e Centro-Oeste estão mais confiantes para o período de abril a junho. 
No Nordeste, houve um aumento no nível de confiança de 3,1% em reação ao primeiro trimestre do ano. No Centro-Oeste, de 2,2% e, no Sul, de 0,7%. Entre as quedas, a maior foi registrada no Sudeste, de 5,3%, seguida pelo Norte, de 2,7%, mas que, em termos de pontuação absoluta, é a região mais confiante do Brasil, com 62 pontos. Em contrapartida, a menos confiante é a Sul, com 56,7 pontos. 
"Nós estamos no nível mais baixo da série, com exceção do período 2008-2009. É como se tivéssemos chegado ao fundo do poço e tivesse dado um rebote", afirma o professor do Insper Gino Olivares, um dos pesquisadores do estudo. 
Para o professor, ainda é prematuro tentar explicar as diferenças regionais e, mais importante que as variações, é o fato do nível de confiança de todas as regiões estar próximo às mínimas históricas. 
Na comparação entre setores, o de serviços é o mais pessimista, com um recuo de 3,18%, no nível geral de confiança, seguido pelo comércio, com uma queda de 2,2%. Já o índice de confiança da indústria manteve-se estável no período. Em termos de pontuação absoluta, o setor tornou-se o mais confiante da economia, com 58,9 pontos. 
Entre os quesitos avaliados que compõem o indicador, a confiança na economia brasileira é o que apresenta a menor pontuação, de 48,4 pontos (a única abaixo dos 50 pontos), queda de 6,2% em relação ao trimestre anterior. Apesar da retração de 1,7%, a confiança no faturamento é a que apresenta a pontuação mais alta, de 63,6 pontos. 
EXPANSÃO - Apesar da queda de confiança, apenas 17,6% dos empresários entrevistados disseram que não têm interesse em expandir o negócio. Entre os que pretendem abrir, a principal barreira relatada é a falta de recursos financeiros (54,2%). Em segundo lugar, vem a dificuldade de atrair e reter clientes (15,4%). 
A pesquisa, elaborada pelo Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper com apoio do Santander, foi feita por meio de entrevistas telefônicas com 1.328 pequenos e médios empresários brasileiros. A margem de erro é de 1%, para mais ou para menos. (Folha Press)