A UHE Teles Pires (MT - 1.800 MW) deve ter a terceira turbina apta para operação no início de maio de 2015. A usina já tem duas turbinas aptas a operar. De acordo com Erik Breyer, diretor de relações com investidores da Neoenergia, que participou nesta terça-feira, 14 de abril, de encontro com investidores no Rio de Janeiro, as outras duas turbinas restantes estão previstas para entrar em atividade nos meses de julho e agosto. A usina teve investimentos de cerca de R$ 4 bilhões e a primeira unidade ficou pronta em janeiro e a segunda em março.

A usina tem como sócias ainda Eletrosul e Furnas. O executivo acredita que a linha de transmissão que vai escoar a energia da usina deverá ficar pronta nos próximos meses, até o fim do primeiro semestre. Apesar de duas turbinas da hidrelétrica estarem aptas para operação, o cronograma de implantação da LT está em atraso. Ela está sendo construída por consórcio formado pela chinesa State Grid e pela Copel. "Como está em atraso, o consórcio está muito mobilizado para que ela seja concluída", explica ele,

Breyer conta que a usina não sofrerá penalização por conta desse atraso, já que ela tem uma espécie de seguro no seu contrato e foi firmado acordo com o órgão regulador para que ela não tivesse que ir ao mercado de curto prazo. Ele conta que a usina teve um cronograma de implantação bem sucedido, sem greves ou paralisações significativas ao cronograma de implantação. A  hidrelétrica de Teles Pires fica na divisa dos estados do Mato Grosso com o Pará. "É uma das obras mais isoladas feitas no Brasil nos últimos anos, distante dos centros urbanos ", observa.

Ainda de acordo com Breyer, a meta do Grupo Neoenergia é em 2019 chegar com um parque gerador de 3,9 GW. Em 2015 serão acrescentados 912 MW. Embora o Instituto Ambiental do Paraná tenha dado o aval para o prosseguimento das obras da UHE Baixo Iguaçu (PR - 350 MW), elas continuam paralisadas, já que o grupo espera um sinal definitivo para o prosseguimento das obras.

Na fonte eólica, a Força Eólica Brasileira – joint-venture formada com a espanhola Iberdrola - tem 138 MW em operação, mais 150 MW aptos para operação, porém sem linha de transmissão e outros 174 MW em construção em dois parques, que entram em operação em 2017. “Vamos continuar participando dos leilões de eólica, contribuindo com a expansão dessa energia limpa no Brasil", avisa.