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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Enel investirá € 3,4 bilhões no Brasil até 2019

Enel investirá € 3,4 bilhões no Brasil até 2019

Em: 19/11/2015 às 14:22h por

O presidente mundial da Enel, multinacional do setor de energia italiana, Francesco Starace, anunciou ontem que o grupo investirá € 3,4 bilhões no Brasil entre 2016 e 2019. A cifra representa um aumento de 13% em relação aos investimentos de € 3 bilhões previstos anteriormente. O executivo destacou que o Brasil continua sendo importante para o grupo, principalmente em energias renováveis, como a hidrelétrica, eólica e solar, entre outras. A Enel já controla a Ampla, no Rio de Janeiro, e a Coelce, no Ceará.
— O Brasil é muito importante em futuros investimentos, principalmente em energias renováveis — destacou Starace.
Nos próximos anos, a Enel pretende ampliar sua capacidade de geração em 1,3 gigawatts, participando de leilões no Brasil e na África do Sul. Ainda não está definida qual a parcela de cada país, mas, de acordo com o executivo, deve ficar em torno de 50% para cada um.
Segundo Starace, o momento é importante para investir no Brasil, apesar da atual crise política e econômica, porque ele não acredita que o país vá aceitar um retrocesso no sistema político:
— Estar no Brasil em meio a uma crise pode parecer estranho. Mas acreditamos que o país hoje é diferente do passado. O Brasil hoje é um país mais maduro e avançado. 
INTERESSE NO LEILÃO DO DIA 25
O interesse da companhia no Brasil decorre da possibilidade de interligação de suas redes e sistemas. Além das distribuidoras, o grupo está estudando com cuidado novos investimentos em expansão no sistema brasileiro de geração e distribuição de energia.
— Não estamos tentando ser os reis do Brasil. Queremos crescer de forma equilibrada entre a geração e distribuição — destacou Starace, ao informar que o grupo vai participar do próximo leilão das concessões de geração vencidas, previsto para dia 25.
O presidente da Enel revelou que o grupo também tem interesse na privatização de distribuidoras estaduais, hoje controladas pela Eletrobras.
— Temos interesse nas vendas das distribuidoras. Temos interesse em energias renováveis — destacou Francesco.
No total, a Enel planeja investir € 17 bilhões no período de 2016 a 2019, o que representa um crescimento de € 2,7 bilhões em relação ao plano anterior, relativo ao intervalo 2015 a 2018. Outros € 11,5 bilhões irão para manutenção e melhoria dos sistemas, queda de quase 7% em relação aos € 12,3 bilhões do previstos no plano anterior.
O diretor global de Infraestrutura e Rede da Enel, Livio Gallo, destacou que o grupo considera uma oportunidade interessante de investimentos a venda do controle das distribuidoras estatais, hoje controladas pela Eletrobras, situadas principalmente na região Norte, como Ceron, Celg, Cepisa, Ceal e EletroAcre. A Eletrobras está em fase de preparação para vender, inicialmente, a Celg, de Goiás. REDE DE 1,9 MILHÃO DE KM A italiana é uma das maiores empresas de energia da Europa e uma das maiores do mercado global de energia e gás do mundo, com maior atuação na Europa e na América Latina. Atua em mais de 30 países e conta com 61 milhões de clientes. Possui quase 89 Gigawatts (GW) de capacidade instalada e uma rede de distribuição de eletricidade e gás de cerca de 1,9 milhão de quilômetros.
Em 2014, a Enel teve um faturamento de cerca de € 76 bilhões e um lucro líquido de cerca de € 3 bilhões. Na geração o grupo tem usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares, geotérmicas, eólicas, solares fotovoltaicas e outras fontes renováveis. Segundo a empresa, em 2014, mais de 47% da sua energia foram geradas sem emissões de carbono.A empresa pretende ampliar sua geração total de energia renovável no mundo dos atuais 38% para 52% de sua capacidade total em 2019. (O Globo)