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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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CNPE se reúne hoje para avaliar setor energético no ano

CNPE se reúne hoje para avaliar setor energético no ano

Em: 08/12/2015 às 14:18h por

A reunião, marcada para hoje, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão máximo do governo para o setor no Brasil, será ordinária, de avaliação do desempenho do mercado de energia no ano, sem deliberações específicas. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, será feita, por exemplo, uma análise das condições de abastecimento dos mercados elétrico e de combustíveis.
"Temos estatutariamente uma reunião de fim de ano. É uma avaliação do desenvolvimento do setor energético ao longo do ano de 2015. É uma espécie de balanço. Vamos falar sobre a segurança energética do sistema, sobre a expectativa de evolução da matriz [energética]", disse Ventura, que participará da reunião.
Com relação ao abastecimento elétrico do país, os reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste superaram, no fim de semana, o patamar de 28% da capacidade de armazenamento pela primeira vez desde setembro de 2014. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os lagos das hidrelétricas das duas regiões já acumulam alta de 0,6 ponto percentual em dezembro, totalizando 28,1% de estoque.
O ONS espera que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, que concentram 70% da capacidade de armazenamento do país, alcancem o patamar de 35,4% no fim deste ano.
Com relação ao Nordeste, onde a situação ainda é muito crítica, o operador prevê que os reservatórios terminem o ano com 7,5% da capacidade. Hoje, eles estão com 4,7% de armazenamento, permanecendo estáveis em relação a novembro.
Questionado se a queda acentuada do preço do petróleo e um eventual efeito econômico negativo para o pré-sal seriam discutidos na reunião de hoje, Ventura disse que esse fato é conjuntural. "Essa questão não pode envernizar as questões estruturais", completou.
O secretário, que participou ontem de evento da FGV, no Rio, reconheceu que a energia do país é "muito cara, tanto que algumas atividades brasileiras perderam competitividade". Explicou, porém, que parte desse custo elevado se deve à inserção de usinas térmicas na matriz brasileira, devido ao atraso no licenciamento ambiental e no leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e às obras de interligação elétrica entre as regiões do país. (Valor)