Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Experiente no setor, Wilson Ferreira defende consolidação em distribuição

Experiente no setor, Wilson Ferreira defende consolidação em distribui

Em: 23/06/2016 às 13:47h por

De saída da CPFL Energia depois de 18 anos, Wilson Ferreira Junior permanece sendo um defensor da consolidação e escala no segmento de distribuição de energia e de maiores investimentos no segmento de infraestrutura, fundamental para a retomada da economia do país.

Nesse período, ele enfrentou o racionamento de energia de 2001, posicionou a companhia para a abertura de capital na bolsa em 2004 meses depois da instituição do novo modelo de leilões e levou a CPFL a ser a maior companhia integrada privada do país, com oito concessões de distribuição e 5,3 mil megawatts (MW) de potência instalada.

A lógica da consolidação no setor permanece, afirmou Ferreira em entrevista exclusiva ao Valor concedida na sede da empresa, em Campinas. A conversa aconteceu na terça-feira à tarde, horas antes de o executivo receber o convite formal para presidir a Eletrobras.

"O nosso movimento mais recente foi a compra da AES Sul, é uma coisa que, na minha opinião, vai continuar a ocorrer. A lógica do setor de infraestrutura é escala, ainda mais quando você quer estimular produtividade e ganhos", afirmou.

Para ele, em algumas situações não faz sentido ter uma concessão pequena, que pode prejudicar os consumidores com qualidade ruim de serviço, devido às menores eficiências. "Não existe dinheiro disponível por juro baixo para todos, vai haver um ajuste", disse.

A consequência direta de haver muitos ativos do setor elétrico à venda é a criação do que ele chama de "a vez do comprador", que poderá negociar preços mais baixos. "Para um comprador, o momento é ótimo. Por isso, é preciso disciplinar o melhor momento para vender", disse.

Para conseguir preços melhores na venda de ativos, é necessário que eles sejam um alvo de interesse "estratégico", como foi a AES Sul para a CPFL, disse Ferreira. A área de concessão da distribuidora, cuja venda foi anunciada na semana passada por R$ 1,7 bilhão, é vizinha à da RGE. Com a compra, a CPFL vai ganhar escala e sinergia.


Fonte: Valor Econômico