Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A geradora de energia renovável francesa Voltalia planeja participar dos leilões de energia solar e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Brasil, além das licitações de energia eólica. A companhia, que inaugura hoje o complexo eólico de Vamcruz, em Serra do Mel (RN), também avalia a possibilidade de investir, em parceria com outras empresas do setor, na construção de linhas de transmissão para escoar energia de futuros parques eólicos.
"Temos [o setor de energia eólica] que buscar todas as soluções necessárias para implementar mais capacidade onde há muito vento. Podemos estudar caso a caso [o investimento em linhas de transmissão]. É preciso ter um retorno satisfatório. E provavelmente seria junto com outros participantes do leilão [de energia eólica]", afirmou Robert Klein, diretor-geral da Voltalia no Brasil, ao Valor.
Com a experiência de já ter construído uma linha para escoamento de energia de eólica no país, o executivo disse não se opor a proposta em estudo pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de incluir no leilão de energia eólica uma etapa complementar em que seria licitado projetos de transmissão de energia necessários para viabilizar o fornecimento de energia a ser produzida pelos parques. "Acho válido o leilão de eólicas com linhas de transmissão".
Apesar do cenário econômico desfavorável do Brasil, Klein explicou que os planos da empresa para o país são de longo prazo. "A crise vai acabar em algum momento e vamos precisar de energia". Ele defende a realização de leilões de energia de reserva para eólicas, para garantir a sustentabilidade da cadeia de fornecedores do setor.
O Brasil responde atualmente por quase 70% do faturamento global da companhia, cujo volume de negócios somou € 55 milhões em 2015, pouco mais que o dobro do apurado no ano anterior. Além do Brasil, a Voltalia tem investimentos na França, Grécia, Guiana Francesa e Marrocos.
No Brasil, a empresa já possui 303 megawatts (MW) de capacidade instalada a partir de 11 parques eólicos em operação. A empresa tem outros dois parques em construção, somando 117 MW, e chegou a qualificar no último leilão de fonte eólica outros 200 MW.
Apesar da inauguração nesta quarta-feira, o complexo de Vamcruz, de 93 MW, entrou em operação em novembro de 2015, com dois meses de antecedência em relação ao contrato firmado em leilão realizado em 2011. Junto com o grupo de construção Encalso Damha, a Voltalia possui 51% do complexo. O outro sócio é a Chesf, com os 49% restantes.
Com relação ao parque de Vamcruz, cujo valor do investimento não foi revelado, a ideia do consórcio é emitir debêntures de infraestrutura no segundo semestre.
A Voltalia também planeja iniciar no fim do ano a operação do parque de Serra do Pará, vizinho a Vamcruz, com 90 MW. No segundo semestre está previsto o início de construção do parque Vila Acre I, também em Serra do Mel, de 27 MW. A expectativa é que o projeto inicie operação em 2017.
Fonte: Valor Econômico
Ao se associar, você passa a ter à sua disposição assessoria técnica e jurídica especializada.
