Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Rio é o mais atrativo para consumidores do mercado livre

Rio é o mais atrativo para consumidores do mercado livre

Em: 11/08/2016 às 12:52h por

O Rio de Janeiro é o Estado mais atrativo para aqueles enquadrados na categoria de consumidores especiais de energia. Um estudo da comercializadora Federal Energia comparou os preços médios da energia dessa categoria de consumo - de fontes incentivadas - no mercado livre em comparação com as tarifas cobradas pelas distribuidoras de energia no mercado cativo.

Segundo o sócio-diretor da comercializadora, Erick Azevedo, responsável pela coordenação do estudo, a migração dos consumidores especiais para o mercado livre é mais interessante naqueles estados em que o preço da tarifa de energia é mais alta.

O levantamento contabilizou os preços praticados mensalmente pelas concessionárias de distribuição do país representando 98% da energia do mercado cativo. A comercializadora comparou com o preço praticado nos contratos para energia incentivada, considerando o desconto médio de 50% na tarifa de transmissão, e chegou a um índice médio de atratividade de 0,853 para o Brasil no primeiro semestre do ano, sendo 0 a menor atratividade e 1 o valor máximo.

Os consumidores especiais são aqueles com demanda de 0,5 megawatt (MW) a 3 MW. Uma condição para a migração para o mercado livre é o consumo de energia de fontes incentivadas, ou seja: eólica, solar, pequenas centrais hidrelétricas ou termelétricas a biomassa. Segundo Azevedo, o levantamento explica a forte migração de consumidores especiais para o mercado livre no primeiro semestre do ano.

No ranking por estados, o Rio de Janeiro tem um índice de 0,972 médio no primeiro semestre. O Mato Grosso aparece em seguida, com 0,952. Paraná, Santa Catarina e Goiás completam o grupo dos cinco primeiros, com índices de, respectivamente, 0,948, 0,904 e 0,890 no semestre. Na outra ponta, Ceará e Amapá estão empatados como Estados com menor atratividade para o mercado livre, com índices de 0,394, seguidos pelo Acre, com 0,636.

Segundo Azevedo, hoje, os contratos de energia incentivada para 2017 saem com preço de cerca de R$ 210 por megawatt-hora (MWh). A energia convencional no mercado livre sai por volta de R$ 170 por MWh, mas só têm acesso a ela aqueles com consumo acima de 3 MW.

Um obstáculo para a maior migração de consumidores especiais para o mercado livre é justamente a falta de lastro de energia incentivada para sustentar um movimento desse por um período prolongado. Segundo Azevedo, já se fala em mudar os limites dos consumidores especiais para uma demanda enter 0,3 e 1 MW. Com isso, não apenas mais consumidores poderiam migrar para o livre, como aqueles enquadrados hoje na categoria de especiais poderiam ser livres convencionais, com preços ainda mais atrativos.

Fonte: Valor Econômico