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Emissões de carbono caem ao menor nível em 25 anos nos EUA

Emissões de carbono caem ao menor nível em 25 anos nos EUA

Em: 13/10/2016 às 14:30h por

As emissões americanas de dióxido de carbono recuaram para o menor patamar em 25 anos nos seis primeiros meses deste ano, segundo relatório da Administração para Informação sobre Energia dos EUA. A queda se deve em grande parte à migração das usinas do carvão para o gás natural e outras fontes renováveis de energia.

O inverno mais ameno deste ano em muitas regiões dos EUA também teve um papel importante, já que reduziu a demanda por aquecimento, afirmou a entidade.

As emissões relacionadas ao consumo de energia totalizaram 2,53 bilhões de toneladas no primeiro semestre, o menor volume emitido para este período do ano desde 1991. As emissões totais dos EUA neste ano, por sua vez, devem atingir 5,18 bilhões de toneladas, o que também configuraria o menor nível desde 1992, segundo projeção do governo.

Os volumes indicam que os EUA estão conseguindo se manter alinhados à meta de redução em pelo menos 1,5% de suas emissões de carbono oriundas do setor elétrico, na comparação com a queda de 3% do ano passado.

"Não são grandes recuos, mas nossa intensidade de carbono está caindo como nação", disse Allen McFarland, analista do Departamento de Energia dos EUA. "A intensidade de carbono tem caído, de forma genérica, desde 2005."

Tanto o gás natural quanto o carvão são queimados para gerar eletricidade, embora o gás emita praticamente metade das emissões de carbono do carvão. E técnicas avançadas de produção aplicadas do Texas à Pensilvânia têm liberado uma quantidade abundante de gás das reservas, puxando para baixo o custo do combustível.

No primeiro trimestre deste ano, o consumo total de energia nos EUA recuou 2%, comparado ao mesmo intervalo de 2015. O recuo foi especialmente notável nas residências do país, com queda de 9%.
Um fator importante por trás dessa queda gradual das emissões é a marcha estável dos EUA em direção à eficiência energética. A pressão federal pelo ganho de eficiência reduziu o consumo de energia para tudo, de lâmpadas e geladeiras ao motor industrial.

As metas estaduais para baixar a liberação de carbono também estão forçando as empresas americanas a produzir equipamentos com consumo energético menor, especialmente no modo "stand by".

A Califórnia, por exemplo, propôs recentemente o primeiro padrão de eficiência energética do país para computadores e monitores, após constatar que esses aparelhos são responsáveis por 7% do consumo elétrico comercial e 3% do residencial. As novas exigências devem entrar em vigor em 2019.

Uma mudança em direção às energias renováveis também ajudou a reduzir as emissões americanas de carbono, um dos gases que provocam o efeito-estufa (o superaquecimento do planeta). Fontes de energia solar, eólica e hidroelétrica registraram alta de 9% no semestre, comparado ao primeiro semestre de 2015, disse o Departamento de Energia americano.

Recentemente, o Congresso dos EUA estendeu incentivos fiscais federais como forma de encorajar a produção de energia solar e eólica, o que levou especialistas a prever avanços importantes na matriz renovável nos próximos anos.

Grandes consumidores de energia, como empresas, continuaram a comprar mais energia renovável em vista da queda nos preços em curso no país. A Duke Energy, fornecedora de energia a domicílios e empresas localizados nas regiões sudoeste e centro do país, elevou sua meta para produção renovável em 33%: a companhia espera, agora, poder controlar 8 mil megawatts de capacidade de geração renovável até 2020, contra os 6 mil megawatts estabelecidos 2013.

Fonte: Valor Econômico