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Cemig busca sócio estrangeiro para manter hidrelétricas

Cemig busca sócio estrangeiro para manter hidrelétricas

Em: 17/11/2016 às 13:48h por

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está em busca de um sócio privado para tentar manter o controle sobre três hidrelétricas que estão no centro de uma discórdia que já dura quatro anos com a União. A empresa tem conversado com grupos estrangeiros, entre eles da Itália e China, disse ao Valor o secretário de Planejamento de Minas, Helvécio Magalhães, que é membro do conselho de administração da Cemig.
Em outra frente, a Cemig também avança na negociação para se livrar do problema da opção de venda dos sócios da Light.

Em relação às usinas, a estatal pretende, ao lado de um parceiro, pagar à União o valor referente à outorga das usinas. "Seriam R$ 10 bilhões. E isso seria feito por meio de acordo com o governo federal", disse Magalhães. O acordo teria de ter a chancela do Supremo Tribunal Federal (STF) e colocaria ponto final nas disputas pela concessão das hidrelétricas. A briga está no STF, com o ministro Dias Toffoli, que foi quem cobrou das partes que procurassem um acordo.

Segundo o secretário de Minas, as expectativas maiores são de uma sociedade com uma companhia estrangeira. Uma fonte do Valor na própria Cemig afirmou que a empresa não teria como arcar com um valor tão alto de outorga sozinha. E por isso está atrás de um sócio. As conversas com o governo federal têm sido semanais. A avaliação da empresa é que o capital estrangeiro voltou a ver o Brasil como um porto mais atraente para investimentos, especialmente após a mudança de governo.

Desde 2012, quando foi publicada a Medida Provisória (MP) 579, o governo vem dizendo que pretende levar a leilão a concessão das três hidrelétricas: Jaguara, Miranda e São Simão.

Com um acordo no STF, a Cemig evitaria um leilão, garantiria a manutenção desses ativos e garantiria também um aporte de recursos esperados pela União. Empresa considera crucial manter a concessão por mais 20 anos das hidrelétricas. Elas equivalem a 40% (ou 3,2 GW/h) da capacidade de geração da Cemig - isso sem contar a das empresas a ela coligadas.

Fonte: Valor Econômico