Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O agravamento da crise hidrológica do sistema elétrico pode antecipar para o primeiro semestre a configuração da bandeira tarifária vermelha, que inclui um custo extra de R$ 3 por 100 quilowatts-hora (kWh), para bancar o acionamento de termelétricas de custo mais elevado.
A maioria dos especialistas do setor já esperava a bandeira vermelha para o segundo semestre, no auge do período seco, mas o volume de chuvas mais fracos, somado à implantação de um mecanismo de aversão a risco mais rigoroso, pode elevar o preço da energia a partir de maio.
Na quinta e sexta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) realizará reunião com empresas do setor elétrico para apresentar as condições de operação do sistema em abril.
Devido à determinação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de redução da vazão de operação de Sobradinho, na Bahia - de 800 m3 /s para 700 m3 /s até o fim do ano - e à piora das condições climáticas, o grupo Compass Energia, especializado em comercialização, prevê um preço de liquidação das diferenças (PLD), - que baliza o preço de energia no mercado de curto prazo, de R$ 318/MWh na próxima semana.
Se os novos parâmetros de aversão a risco já estivessem em vigor, o valor seria de R$ 432/MWh, o que poderia acionar a bandeira tarifária vermelha. Pelas regras das bandeiras tarifárias, se a o custo de operação da termelétrica mais cara prevista para ser acionada pelo ONS for superior a 422,56/MWh, a bandeira passa a ser vermelha.
Fonte: Valor Econômico
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