Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A emissão de nova dívida continua sendo vista como "crucial" pela Cemig, que foi obrigada a suspender a operação que iria tentar captar US$ 1 bilhão no exterior, disse ontem Bernardo Salomão, presidente da estatal mineira.
A Cemig já tinha desistido da emissão externa há cerca de duas semanas, segundo fonte a par do assunto, por não aceitar a taxa exigida do investidor. Para seguir adiante, a Cemig tinha de pagar pelo menos 9%, um ponto percentual acima do que estava disposta. A percepção do investidor é que a empresa não tinha um plano de desinvestimento sólido, com a lista de ativos que pretendia se desfazer, além da troca de executivos.
"Temos várias soluções, uma delas é vender ativos, tem muita coisa em andamento", disse Salomão, durante o evento que comemorou 65 anos da Cemig. Segundo ele, a venda de ativos e a emissão de títulos são estratégias que correm em paralelo dentro da empresa.
A companhia anunciou seu plano de venda de ativos em 2015, mas, desde então, não realizou operações significativas. Pelo contrário, a companhia recomprou um grupo de hidrelétricas no leilão de relicitação do fim daquele ano, pagando R$ 2,2 bilhões em bônus da outorga.
A situação financeira delicada e o enorme endividamento de curto prazo - somente em 2017, são R$ 4,3 bilhões vencendo - fez com que a companhia buscasse opções de financiamento no exterior. Executivos da estatal foram aos Estados Unidos e à Europa apresentar a investidores a operação de emissão de bônus, que visava levantar US$ 1 bilhão.
Fonte: Valor Econômico
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