Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Empresas de energia e petróleo temem pelo andamento da agenda do setor

Empresas de energia e petróleo temem pelo andamento da agenda do setor

Em: 23/05/2017 às 13:46h por

As incertezas trazidas pela crise política têm deixado as indústrias de óleo e gás e de energia elétrica apreensivas quanto à retomada de investimentos no país e das agendas que estavam em andamento. Entre as petroleiras, a percepção é que o calendário de leilões anunciado pela atual gestão do Ministério de Minas e Energia (MME) reacendeu o ânimo pelo Brasil, mas que a crise institucional podem prejudicar o trâmite da extensão do Repetro (regime aduaneiro especial do setor de óleo e gás), de acordo com fontes consultadas pelo Valor.

A prorrogação do Repetro preocupa porque depende da articulação entre diferentes frentes do governo, como o MME, Fazenda (incluindo a Receita Federal) e a assinatura do próprio presidente Michel Temer. Executivos consideram pouco provável que as medidas já anunciadas pelo governo, como o calendário de leilões e a redução dos índices de conteúdo local, sejam revogadas numa eventual saída de Temer. Na avaliação das fontes, porém, os leilões deste ano têm "pouca chance de êxito" sem a extensão do Repetro.

"O Brasil voltou a entrar no centro das atenções das grandes companhias mundiais. Acredito que as mudanças regulatórias vieram para ficar e que o pré-sal é atrativo, mas a não renovação do Repetro, antes dos leilões, isso sim, afugentaria investimentos", destaca o presidente de uma petroleira com atuação no pré-sal brasileiro.

O presidente de uma multinacional da cadeia fornecedora de óleo e gás reiterou que a extensão do regime especial é uma "condição sine qua non" para que as petroleiras assumam compromissos de investimentos no longo prazo.

Uma fonte de uma petroleira multinacional citou, ainda, que os executivos da empresa no Brasil têm mantido contato constante com a matriz, mas "nada muito diferente" da atenção que o país tem despertado desde as primeiras articulações em torno do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, em 2015.

Fonte: Valor Econômico