Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Divergências de agenda estão superadas, na visão do governo e das associações do setor

Divergências de agenda estão superadas, na visão do governo e das asso

Em: 24/05/2017 às 12:39h por

As diferenças de visão que havia em relação a uma agenda propositiva para o setor estão superadas, embora consenso não signifique unanimidade de pontos de vista, na avaliação do presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico, Mário Menel. A conclusão de Menel coincide com a do secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, para quem o momento é de convergência e há um amadurecimento que tem levado o mercado a aceitar uma pauta comum de mudanças, mesmo que no primeiro momento haja perdas para alguns agentes.

“O governo tem dito que vai enfrentar o conjunto de problemas do setor. Isso vai fazer um rearranjo de forças. Alguns segmentos serão perdedores num primeiro momento. Mas a gente percebe um amadurecimento do setor de que ele vai evoluir e haverá espaço para cada um numa base nova. Então, mesmo aqueles segmentos que aparentemente vão perder conseguem enxergar o processo”, afirmou Pedrosa à Agência CanalEnergia.

É em nome dessa coincidência de percepções com o MME que o mercado tem se mobilizado para reforçar o apoio à permanência do ministro Fernando Coelho Filho e da equipe dele, desde que a delação de executivos do grupo JBS que atingiram em cheio o presidente Michel Temer vieram à tona na semana passada. O receio é de que uma eventual saída do ministro e da equipe prejudique o avanço das discussões para a revisão do modelo do setor. Sob pressão do próprio partido, o PSB, para que entregue o cargo no ministério, Coelho recebeu a solidariedade de dirigentes das associações empresariais que compõem o Fase, em reunião na última segunda-feira, 22 de maio.

Para Menel, “há um grau de incerteza a mais nos investimentos” com o aprofundamento da crise política. “Basta dizer o seguinte: nós estamos preparando um leilão [de concessões de transmissão]. O investidor vai ter cinco anos para colocar em operação essa obra. Ele não pode esperar. E, para pagar a obra, ele vai ter 15 anos, 17 anos”, disse o executivo, para quem o investidor “quer um sinal de que as coisas vão ser organizadas, e é isso que o ministério está sinalizando claramente, no sentido de organizar, melhorar o ambiente de negócios, favorecendo investimentos.”

Fonte: Canal Energia