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Salto dos investimentos em energia solar fotovoltaica

Salto dos investimentos em energia solar fotovoltaica

Em: 14/06/2017 às 14:08h por

Em um momento em que o país passa por desafios nas esferas econômica, política e social, a energia solar fotovoltaica é um dos poucos setores que mantém um ritmo acelerado de crescimento, com 250% ao ano, gerando oportunidades de negócio para pequenas e grandes empresas.

Foi publicado em maio o primeiro relatório de "Mapeamento da Cadeia de Valor da Energia Solar Fotovoltaica no Brasil". De autoria da Cela (Clean Energy Latin America) e contratado pelo Sebrae, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI), o estudo analisa oportunidades e desafios do segmento no país, apontando formas de inserção de novos negócios no setor.

O estudo mostra análises inéditas sobre a energia fotovoltaica no Brasil. Estima-se que a energia solar fotovoltaica representará por volta de 32% da matriz elétrica brasileira em 2040. Tal expansão demandará investimentos de aproximadamente R$ 313 bilhões nos próximos 10 anos - R$ 112 bilhões só em geração. Até 2040, estes números atingirão até R$ 685 bilhões. O quanto destes investimentos serão realizados na cadeia nacional dependerá da competitividade local.

Como viabilizar investimentos desta magnitude? O arcabouço regulatório tem contribuído com o estabelecimento da cadeia fotovoltaica no país. Especialmente o Sistema de Compensação de Energia Elétrica para a geração distribuída (GD), e da recorrência dos leilões de energia solar para geração centralizada. Hoje, o Brasil tem mais de 1600 empresas atuantes em energia fotovoltaica. São 8 montadoras de módulos, 400 fabricantes de componentes, além de mais de 1 mil fornecedores de serviços. O país já tem mais de 10 mil instalações fotovoltaicas. Além disso, uma potência de 2,74 GW de usinas solares foram contratadas em leilões.

Financiamento é ao mesmo tempo viabilizador e gargalo. A cadeia fotovoltaica conta com mais de 50 linhas de financiamento. Estas linhas, mapeadas no estudo, atendem geradores de energia, fornecedores de bens e serviços, investidores, consumidores PF e PJ, além de instituições de P&D. Os maiores gargalos do financiamento no setor são exigências de conteúdo local incompatíveis com o estágio atual da cadeia produtiva para linhas com custo competitivo; alto custo das linhas para consumidores finais (acima de 30% ao ano); complexidade no processo de análise de financiamento de projetos e a incompatibilidade das garantias solicitadas com a natureza dos ativos.

Fonte: Valor Econômico