Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Um estudo do WWF internacional, que reúne 40 países e mostra quais têm mais potencial de gerar empresas empreendedoras de tecnologia limpa nos próximos dez anos, aponta que o Brasil caiu 5 posições entre os promotores dessas tecnologias. A principal razão para esta diminuição no ranking, segundo o relatório, foi uma pontuação muito menor na área de inovação de tecnologia limpa comercializada, na qual o país caiu de 2º lugar em 2014 para 29º lugar em 2017.
No geral, o Brasil está na parte de baixo do ranking, em 30º lugar entre 40 países. Esta é uma queda de 5 lugares em relação ao seu 25º lugar no estudo de 2014.
Ainda, enquanto a parcela brasileira de energia renovável no consumo total de energia continua alta (o índice caiu de 38% em 2014 para 33% em 2017), outros países têm crescido mais rapidamente nessas áreas. Além disso, as políticas governamentais brasileiras também se tornaram mais desfavoráveis para tecnologias limpas desde o estudo de 2014.
Um ponto positivo para o registro de inovação do Brasil está na área de atividade empreendedora em estágio inicial, em que o país ranqueou em número 1 dos 40 países, com uma pontuação perfeita de 10 em todas as áreas de inovação – não apenas de tecnologia limpa. Isto representa uma enorme oportunidade para o Brasil no médio e no longo prazos para tecnologias limpas, desde que esta área seja priorizada no setor de políticas e investimentos públicos e privados.
Para o diretor executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic, o Brasil possui uma das melhores condições naturais do mundo para a geração de energia renovável. Porém, desde que começou a investir pesadamente no pré-sal, tem perdido pioneirismo e espaço em biocombustíveis e outras tecnologias renováveis. “O governo precisa enxergar a economia de baixo carbono como uma oportunidade para criar empregos e oportunidades econômicas. Este é um momento único para o Brasil se tornar mais competitivo nesta área. Mas, caso não aproveitemos, outros países como Índia ou China passarão na frente”, diz.
Fonte: ITFórum365
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