Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A proposta do governo federal de promover uma ampla reforma no setor elétrico agradou o mercado, com forte alta nas ações de empresas do segmento após a divulgação das medidas, mas a abrangência das mudanças sinaliza desafios imensos para a solução de antigos problemas na regulação.
A mais ambiciosa mudança no marco regulatório desde uma revisão de regras no início do governo Lula, entre 2003 e 2004, pode esbarrar na crise política, uma vez que deve ser efetivada com uma medida provisória (MP) que pode chegar a um Congresso mais preocupado com denúncias contra o presidente Michel Temer.
Além disso, alguns técnicos do setor preveem que as medidas podem gerar tendência de elevação nas tarifas de eletricidade, embora o governo prometa o contrário.
Outro ponto da reforma que pode enfrentar resistência é o viés fortemente pró-privatizações, em parte por questões ideológicas e em parte devido ao interesse de parlamentares por cargos e influência nas estatais, mesmo na bancada de apoio a Temer.
"Obviamente o momento é muito ruim para fazer isso. Lançar uma reforma para daqui a dois, três meses... hoje em dia o governo não consegue fazer uma previsão de quantos votos ele teria, é altamente arriscado", disse à Reuters o diretor de Estratégia da Arko Advice, Thiago de Aragão.
Fonte: Reuters
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