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Eletronuclear quer fim de obras de Angra 3 em 2024

Eletronuclear quer fim de obras de Angra 3 em 2024

Em: 13/07/2017 às 14:08h por

A Eletronuclear, braço de geração de energia nuclear da Eletrobras, pedirá a manutenção da previsão de início de operação da usina nuclear de Angra 3, no Rio, em 2024, em contribuição no processo de consulta pública sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2026, cuja minuta foi divulgada na última semana pelo ministério de Minas e Energia. O documento, que traça as metas para o setor energético nos próximos dez anos, adiou a entrada em operação da terceira nuclear brasileira para 2026.

"Absolutamente defendemos que seja mantida a data de 2024", disse ontem o presidente da Eletronuclear, Bruno Barretto, após participar de seminário no Rio.

Segundo ele, além de enxergar demanda para produção de energia de Angra 3 e benefícios técnicos oriundos da conclusão da usina, a retomada do empreendimento é importante do ponto de vista econômico-financeiro para a companhia e a holding Eletrobras.

"Temos razões de caráter econômico-financeiro que mostram que não podemos, de forma alguma, adiar mais o cronograma desse empreendimento, uma vez que temos empréstimos contraídos junto aos bancos oficiais, o BNDES e a Caixa [Econômica Federal]", disse o executivo. "Qualquer adiamento nesse cronograma é uma penalização enorme para o empreendimento, para a Eletronuclear e para a Eletrobras", completou ele, que conversou na terça-feira com Luiz Augusto Barroso, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo subsídio técnico à elaboração do PDE.

Barretto afirmou que espera para os próximos meses uma decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) sobre a retomada das obras da usina, que estão paralisadas desde o segundo semestre de 2015. Angra 3 está com 67% de conclusão das obras civis.

Fonte: Valor Econômico