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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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AES Tietê busca garantir venda de energia limpa

AES Tietê busca garantir venda de energia limpa

Em: 19/07/2017 às 14:18h por

Cada vez mais focada em energias limpas e fontes renováveis, a AES Tietê se tornou a primeira companhia brasileira a ter uma usina com o certificado global I-REC e a ser uma certificadora de clientes, o que garante que a energia comercializada seja "limpa".

"Vimos no mercado que existe uma tendência muito forte nos clientes industriais e comerciais de busca de energias renováveis, redução da emissão de gases e sustentabilidade", disse Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê.

Segundo o executivo, muitos dos clientes têm o objetivo de ter até 100% da demanda atendida por energias renováveis. "Algumas vezes, eles não conseguem provar aos investidores que usam energias renováveis", disse, explicando que o certificado I-REC garante isso e é reconhecido no mundo todo. No Brasil, é feito pelo Instituto Totum.

Os alvos potenciais desses certificados são aqueles que querem fazer captações no exterior, por exemplo, de fundos que só permitem investimentos e aplicações de viés sustentável.

"Alguns países europeus que financiam projetos solicitam que as empresas tenham consumo de energia de fontes renováveis. Então, ao vender o certificado ao cliente garantindo que ele está comprando energia renovável, isso fica registrado no mundo todo, e pode ser acessado na base de dados do I-REC", disse Freitas.

De acordo com ele, os países Europeus já comercializaram € 200 milhões nos certificados.

Cada I-REC emitido equivale a 1 megawatt-hora (MWh) de energia gerada. Por enquanto, a AES Tietê obteve a certificação da hidrelétrica de Água Vermelha, no rio Grande (MG), com 1.396 megawatts (MW) de potência instalada. "Temos 6,5 milhões de I-RECs para comercializar por ano só em Água Vermelha", disse Freitas.

A AES Tietê tem ainda a possibilidade de construir uma usina eólica, solar, ou um sistema de geração distribuída para os consumidores, e solicitar a certificação também desta energia.

Fonte: Valor Econômico