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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Grandes consumidores apoiam privatização da Eletrobras

Grandes consumidores apoiam privatização da Eletrobras

Em: 24/08/2017 às 11:20h por

Grandes indústrias eletrointensivas receberam de forma positiva, num primeiro momento, o plano do governo federal de privatizar a Eletrobras. A medida, avaliam as empresas, fortalecerá o sistema e eliminará componentes políticos que interferem no dia a dia de importantes fornecedoras de energia no país, como Chesf e Furnas. "A primeira impressão é que essa medida é bastante positiva", disse a diretora de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

De acordo com Fátima Giovanna, uma empresa de capital privado pode ter objetivos mais alinhados à indústria, com governança e processo administrativo mais fortes. A depender do modelo de venda, porém, há risco de aumento de custo ao consumidor final no curto prazo. No longo prazo, por outro lado, pode haver redução de encargos, que hoje representam metade da tarifa, com uma empresa privada como gestora, o que poderia se refletir em preços mais baixos.

A percepção positiva sobre essa medida, pondera a diretora da Abiquim, ainda é inicial, uma vez que ainda há muitas lacunas de informação sobre o processo. "Mas a expectativa para o futuro é bastante positiva", acrescentou.

Para uma grande empresa consultada pelo Valor, a proposta de privatização da Eletrobras traz mais ganhos que riscos. Há dúvidas quanto ao modelo e os futuros gestores, mas não há preocupação, neste momento, quanto ao cumprimento de contratos vigentes, como aqueles firmados com a Chesf que garantem energia mais barata a empresas eletrointensivas do Nordeste.

Em junho de 2015, a então presidente Dilma Rousseff editou a Medida Provisória 677, que prorrogou contratos especiais da Chesf celebrados na década de 70 e com vencimento naquele mesmo mês. Com isso, foram estendidos até fevereiro de 2037 acordos de fornecimento de energia a preços mais baixos a indústrias do Nordeste com alto consumo.

Fonte: Valor Econômico