Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Valor Setorial traz potencial da transmissão elétrica

Valor Setorial traz potencial da transmissão elétrica

Em: 25/08/2017 às 12:55h por

Desde a edição da Medida Provisória 579 em 2012, o setor de energia elétrica vive um período conturbado com reflexos negativos no desempenho das elétricas. Nesse cenário de incertezas, o segmento de transmissão mostrou um forte dinamismo e se tornou o mais promissor do setor neste momento. Após passar por um período de escassez de recursos, o segmento atraiu novos investidores, como gestoras de fundos de investimentos, empresas de geração e distribuição de energia e construtoras médias e pequenas. Além disso, as companhias privadas assumiram um papel de protagonistas dos leilões de transmissão, antes dominados pelas estatais.

O Valor Análise Setorial "Transmissão de Energia Elétrica", lançado hoje, traz os investimentos e as projeções de expansão da geração e transmissão de energia para o período de 2017 a 2026, com dados do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2026, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O PDE 2026 prevê ampliação da capacidade instalada de geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) de 148,4 GW em 2016 para 212,5 GW em 2026, acréscimo de 64,1 GW e aumento de 43%. Por fonte, os destaques são as renováveis (PCH, biomassa, eólica e solar), com expansão de 28,7 GW para 63,2 GW, acréscimo de 34,5 GW e crescimento de 120%. Na mesma base comparativa, a geração nuclear deverá aumentar 71%; a hidráulica, 14%; e a térmica, 11%.

Para que toda esse aumento da capacidade de geração chegue até o destino final, o país vai precisar de R$ 77,5 bilhões em linhas de transmissão e R$ 41,3 bilhões em subestações, incluindo as instalações de fronteira. Excluindo as instalações já licitadas, ou seja, somando apenas as novas instalações de linhas de transmissão e subestações previstas, o valor total é de R$ 64 bilhões, sendo R$ 42 bilhões em linhas de transmissão e R$ 22 bilhões em subestações, incluindo as instalações de fronteira.

O trabalho destaca as várias características favoráveis dos negócios do segmento de transmissão de energia, como receitas previsíveis e corrigidas anualmente pela inflação. Ao contrário dos demais segmentos do setor, os ativos de transmissão possuem receita contratada desde o momento do leilão, que pode ser auferida a partir da data de entrada em operação do ativo. Outra característica positiva é a baixa inadimplência no segmento, visto que as receitas das transmissoras são pagas por todos os usuários: geradoras, distribuidoras ou clientes livres.

Fonte: Valor Econômico