Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
As redes inteligentes de energia elétrica ensaiam os primeiros passos em várias cidades do país. A maioria dos projetos é tocada dentro do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estipula que 0,5% da receita operacional líquida das concessionárias seja investido em inovação.
Em setembro, a AES Eletropaulo deve provavelmente dar partida à instalação de medidores inteligentes em Barueri, Região Metropolitana de São Paulo, que conta com 60 mil pontos de consumo. A primeira etapa terá foco nas residências, com a instalação de 30 mil medidores, que proporcionarão mais informações e agilidade para a concessionária. "Podemos ter maior controle sobre perdas e inadimplência por termos um balanço mais atualizado dos dados e sabemos com mais precisão a ocorrência de problemas podendo despachar equipes com mais rapidez, o que é importante em uma região tão densamente povoada como São Paulo", diz o presidente da distribuidora, Charles Lenzi.
A cidade de Búzios (RJ) foi escolhida pela Enel para o projeto pioneiro da distribuidora na implementação da rede inteligente no Brasil. Foram instalados cerca de dez mil medidores bidirecionais, que permitem tanto a leitura do consumo quanto saber se o cliente exporta energia para a rede. "A modernização da rede é uma tendência para um setor elétrico mais eficiente", diz Carlo Zorzoli, presidente da empresa.
A CPFL Energia, que detém cerca de 15% do mercado de distribuição do país, concluiu em 2015 a instalação de pouco mais de 24 mil medidores entre clientes de média e alta tensão. Em paralelo, toda a frota operacional foi equipada com sistemas de GPS e tablets. "O projeto teve um investimento de R$ 80 milhões, que se pagou em dois anos por conta dos ganhos operacionais que ele trouxe", observa o diretor de engenharia da CPFL, Caius Malagoli.
Controlada pela Cemig, a distribuidora fluminense Light tem utilizado, desde 2008, medidor eletrônico de energia em diversas regiões de sua área de concessão. Até o primeiro trimestre de 2017, já foram instalados cerca de 980 mil dispositivos nos 31 municípios supridos pela empresa, um crescimento de 20% nos últimos dois anos. O smart grid auxilia no combate às perdas, que encerraram o primeiro trimestre em 21,75% sobre a carga-fio (energia total que passa pela rede da Light), queda de 1%.
No Nordeste, uma das iniciativas é tocada pela Neoenergia no arquipélago de Fernando de Noronha. O projeto de instalação de 816 medidores inteligentes foi concluído em março, sendo que em nove pontos de consumo foram incorporados sistemas de microgeração distribuída solar. Um portal foi aberto para os consumidores analisarem suas contas de luz. "Para que as pessoas sejam estimuladas a mudar seus hábitos de consumo e ver o consumo dos eletrodomésticos, seria preciso que a tarifa horária, em que o preço da energia varia conforme a demanda do país, fosse aprovada", afirma José Brito, gerente de inovação da Neoenergia.
Fonte: Valor Econômico
Ao se associar, você passa a ter à sua disposição assessoria técnica e jurídica especializada.
