Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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Ao participar de debate sobre a reforma da Previdência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, o deputado João Arruda (PMDB-PR) questionou ontem os "supersalários" que compõe a folha de pagamento da Itaipu Binacional, onde há diretores recebendo quase R$ 70 mil por mês.
"Em um momento difícil da economia, acho que temos que dar exemplo cortando na própria carne. Não vai ser tirando do trabalhador rural, por meio da reforma da Previdência, que vamos conseguir equilibrar as contas públicas. Quando se fala em ajuste fiscal, é preciso começar de dentro para fora", afirmou o pemedebista.
De acordo com documento apresentado pelo parlamentar, os honorários pagos ao diretor-geral da Itaipu chegam a soma de R$ 69.656,35, enquanto outros quatro executivos - responsáveis pelo setor administrativo, financeiro, jurídico e de coordenação - recebem R$ 67.254,41 por mês.
Em seu questionamento sobre os supersalários, Arruda destacou o fato de cada diretor possuir três assessores especiais, que recebem entre R$ 5.902,02 e R$ 21.100,35.
Em sua fala, o parlamentar do PMDB destacou ainda o fato de cinco conselheiros de administração da companhia, que, segundo ele, participam de reuniões apenas uma vez por mês, receberem R$ 27.061,89.
"Conselheiros, que participam de reunião uma vez por mês, ganham mais de R$ 27 mil por mês. Com esse cenário de supersalários, o clima fica ainda mais inviável para conseguirmos aprovar a reforma da Previdência no Congresso. Há muitas outras coisas para mudar ainda", disse Arruda.
Fonte: Valor Econômico
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