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Vestas almeja 17% do mercado brasileiro de turbinas eólicas

Vestas almeja 17% do mercado brasileiro de turbinas eólicas

Em: 01/09/2017 às 13:34h por

Animada com o recente anúncio do governo de realização de dois leilões para contratação de energia nova no fim do ano, a dinamarquesa Vestas, maior fabricante mundial de turbinas eólicas, com faturamento anual de € 10 bilhões (cerca de R$ 38,1 bilhões) vê potencial de expansão dos negócios no Brasil, considerado seu principal mercado na América do Sul. A meta da companhia é alcançar no país a mesma fatia de mercado que possui globalmente.

Presente no Brasil desde 2000, a companhia possui 10% de participação do mercado local. Em âmbito global, a empresa detém algo entre 15% e 17%. No entanto, se for desconsiderado o mercado chinês, que responde por metade do mercado mundial e é fortemente dominado por empresas locais, a Vestas possui 30% do mercado global.

"Estamos executando o plano conforme o previsto [para o Brasil]. Não vejo razão para, no longo prazo, não termos a mesma participação no país que temos globalmente", disse Anders Runevad, presidente mundial da empresa.

Ele esteve no Brasil esta semana para participar do Brazil Windpower, principal evento do mercado eólico do país, e se encontrar com empresas do setor. Na rápida agenda no país, o executivo se encontrou com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso.

No cargo desde 2013, o sueco tem experiência no mercado brasileiro, onde presidiu a unidade local da sueca Ericsson, entre 2004 e 2006. O executivo reconhece que a situação da economia brasileira na época era melhor, mas, ainda assim, acredita no potencial de crescimento de negócios no país.
"Quando olho o mercado brasileiro para fontes renováveis, as tendências são positivas", disse, lembrando que o país possui recursos naturais em abundância, um dos melhores regimes de vento do mundo e potencial de desenvolvimento de mercado, considerando o tamanho da população do país.

"Claro que minha ambição é crescer o volume de negócios no Brasil. Mas vai depender do mercado, da realização de leilões", afirmou. "Temos o luxo de ter paciência, porque a empresa está em uma posição estável e tem visão de longo prazo", completou.
Nos últimos 25 anos, o custo da energia eólica caiu cerca de 80% e mantém ritmo de queda de 3% a 5% por ano

No Brasil, a empresa tem pouco mais de 1 mil megawatts (MW) de capacidade instalada de turbinas fornecidas e outros 371 MW em construção e pedidos firmes. Os números, porém, ainda são modestos em comparação ao total da companhia, que atua em 70 países e já forneceu 82 mil MW em turbinas e presta serviços para 71 mil MW em equipamentos.

Fonte: Valor Econômico