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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Geradores esperam alta competitividade nos dois certames

Geradores esperam alta competitividade nos dois certames

Em: 11/12/2017 às 09:37h por

Os leilões de energia do fim do mês devem ser marcados por grande competitividade do lado dos geradores, que buscam garantir bons contratos de longo prazo, depois de um longo período sem novas disputas. Companhias de grande porte e com experiência na área como Enel, Engie, EDF Energies Nouvelles, Casa dos Ventos e AES Tietê já declaram que têm interesse em vender projetos nos leilões.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 47,965 gigawatts (GW) de potência para o A-4 que acontecerá em 18 de dezembro sendo 26,6 GW da fonte eólica e 18,3 GW da fonte solar. Já o A-6, de 20 de dezembro, teve 53,4 GW cadastrados, sendo 26,6 GW da fonte eólica.

A Engie Brasil Energia (antiga Tractebel) inscreveu projetos eólicos e solares, mas ainda está avaliando a competitividade de seus projetos inscritos para os leilões. Segundo o presidente da companhia, Eduardo Sattamini, o retorno dos leilões é visto como positivo, especialmente levando em conta a recessão econômica pela qual o país está passando. "Entendemos como um sinal positivo ao mercado para a retomada do crescimento", completou.

Aproveitando esse momento, a Casa dos Ventos inscreveu 6,2 GW de potência para os dois leilões, todos da fonte eólica. "Na maior parte dos projetos, queremos entrar como desenvolvedores, celebrando parcerias com as empresas que vão participar do leilão. Estudamos também entrar com um projeto nosso para cada leilão", disse Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da companhia. Os projetos que já tiverem conexão para escoamento devem ficar para o leilão A-4, enquanto os que ainda não têm infraestrutura para transmissão ficarão para o certame A-6.

Braço da gigante energética francesa Électricité de France (EDF) em investimentos em energias renováveis, a EDF Energies Nouvelles (EDF EN) é outra que estuda participar de ambos os leilões. "Queremos crescer nossa participação em energia solar fotovoltaica e eólica. Temos muito projetos no pipeline", disse Bruno Fyot, diretor global de operações da companhia, em passagem pelo Brasil no início de novembro. Entre os projetos registrados pela empresa para os leilões, estão 280 MW relativos ao complexo eólico de Ventos da Bahia, onde a empresa já possui uma eólica em operação, de 66 MW, e outra em construção, de 117 MW.

Fonte: Valor Econômico